(Reuters) – O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) acelerou a alta a 1,74% em dezembro, ante 0,85% em novembro, e terminou 2019 com a maior alta acumulada em quatro anos.
Os dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgados nesta quarta-feira mostram que o índice fechou 2019 com alta acumulada de 7,70%, ante 7,10% em 2018. Foi a leitura mais alta desde 2015, quando o IGP-DI subiu 10,70% no ano.
Em dezembro, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI) — que responde por 60% do indicador todo — subiu 2,34%, ante alta de 1,11% em novembro, terminando o ano com ganho de 9,63%.
A alta no atacado em dezembro foi impulsionada pelo grupo Matérias-Primas Brutas, que acelerou a alta a 3,25%, ante 1,90% no mês anterior. As principais contribuições para esse resultado foram dadas pelos itens minério de ferro, milho em grão e aves.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que responde por 30% do IGP-DI, acelerou a alta a 0,77% no mês, de 0,49% em novembro, acumulando em 12 meses avanço de 4,11%.
Um salto de 0,42% para 2,56% na alta do grupo Alimentação foi o principal responsável pelo comportamento dos preços ao consumidor em dezembro. A pressão veio das carnes bovinas, que subiram 16,56% no mês passado, ante ganho de 8,00% na leitura anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI), por sua vez, avançou 0,21% em dezembro, de alta de 0,04% anteriormente, chegando em 12 meses a um avanço de 4,15%.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral.