O Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna (IGP-DI) desacelerou a alta a 3,30% em setembro, após subir 3,87% no mês anterior, refletindo o arrefecimento na inflação ao produtor, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV), nesta quarta-feira.
Dados mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, subiu 4,38% em setembro, uma desaceleração em relação ao salto de 5,44% apresentado em agosto.
O grupo que mais colaborou para essa leitura foi o de Matérias-Primas Brutas, que subiu 6,77% em setembro, contra salto de 10,55% no mês anterior, refletindo o arrefecimento nos preços de commodities como minério de ferro, café em grão e suínos.
Para o consumidor, setembro teve maior pressão da inflação, uma vez que o índice de Preços ao Consumidor (IPC) –que responde por 30% do IGP-DI– subiu 0,82% em setembro, após ganho de 0,53% em agosto.
O grupo Educação, Leitura e Recreação, que acelerou a alta de 0,05% para 3,19% em setembro, e a Alimentação, que ampliou seu salto de 0,81% para 1,81%, foram os principais responsáveis pelo comportamento do IPC, influenciados fortemente pela disparada nos preços das passagens aéreas, do arroz e do feijão.
Enquanto isso, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) subiu 1,16% em setembro, ante alta de 0,72% no mês anterior.
No ano, o IPG-DI acumula alta de 14,80% e, em 12 meses, o aumento é de 18,44%. (Reuters)