Pesquisa da Reuters apontava que a expectativa de economistas era de um avanço de 0,61%.
Os dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV) mostraram que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-DI), que responde por 60% do indicador, teve ganho de 1,77% no mês, contra alta de 0,11% anteriormente.
Entre os grupos do atacado, as Matérias-Primas Brutas foram as que mais subiram em maio, registrando ganho de 4,15% após avanço de 2,65% em abril. A leitura foi resultado de altas de 12,32% e 8,59% nos itens minério de ferro e soja em grão, respectivamente.
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-DI), que responde por 30% do IGP-DI, apresentou queda de 0,54% em maio, contra recuo de 0,18% em abril, maior deflação desde junho de 1957.
Sete dos oito componentes do IPC-DI registraram decréscimo em suas taxas de variação em maio, com destaque para a Alimentação — que reduziu a alta a 0,37%, ante 1,10% — e para o grupo Educação, Leitura e Recreação, que acelerou a queda a 2,12%, contra perda de 0,90%.
“Nesta apuração, o IPA respondeu integralmente pela aceleração do IGP-DI. A elevação do preço de commodities importantes…, somada ao aumento dos preços dos combustíveis, principalmente da gasolina (-30,44% para 11,21%), contribuiu para o avanço da taxa do indicador”, disse André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV.
“Os demais índices componentes do IGP-DI seguiram em direção oposta, especialmente o IPC-DI, que registrou a maior queda dentro do período de estabilização da inflação”, completou.
Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-DI) desacelerou a alta a 0,20%, de 0,22% no período anterior.
O IGP-DI é usado como referência para correções de preços e valores contratuais. Também é diretamente empregado no cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e das contas nacionais em geral. (Reuters)