O Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) desacelerou a alta a 1,58% em abril depois de subir 2,99% em março, com a queda nos preços das matérias-primas ajudando a aliviar a pressão geral no atacado.
A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou nesta quinta-feira que o índice agora acumula alta de 9,16% no ano e de 31,74% em 12 meses.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, passou a subir no período 1,79%, de uma alta de 3,69% em março.
O destaque ficou para a queda de 0,30% nos preços das Matérias-Primas Brutas, depois de alta de 3,03% no mês anterior.
“Com este movimento, os demais estágios de processamento –bens intermediários (5,90% para 4,43%) e bens finais (2,22% para 1,71%) –registraram decréscimos em suas taxas de variação”, destacou André Braz, coordenador dos índices de preços.
“A desaceleração da inflação ao produtor foi a principal contribuição para o recuo da taxa do IGP-10”, completou.
Para o consumidor, ao contrário, a pressão ficou mais forte uma vez que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, passou a subir em abril 0,87%, de 0,71% no período anterior.
O grupo Saúde e Cuidados Pessoais passou de uma alta de 0,27% em março para 0,78% em abril, influenciado principalmente pelo avanço de 1,36% do item artigos de higiene e cuidado pessoal.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, teve alta de 1,24% em abril, depois de avançar 1,96% em março.
O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Reuters)