A alta dos preços no atacado arrefeceu acentuadamente e os preços ao consumidor passaram a cair em maio, reduzindo a alta do Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) a 0,07%, após ganho de 1,13% em abril, informou nesta segunda-feira a Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que mede a variação dos preços no atacado e responde por 60% do índice geral, desacelerou a alta a 0,25% em maio, contra avanço de 1,52% no mês anterior.

Segundo a FGV, as principais colaborações para esse movimento vieram dos grupos Bens Finais e Bens Intermediários, que caíram 0,20% e 1,14% em maio, respectivamente.

Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-10), que responde por 30% do índice geral, registrou queda de 0,51% no mês, ante avanço de 0,33% em abril.

O destaque foi o grupo Transportes, cuja queda passou de 0,68% para 2,66%. A principal razão para essa leitura foi a queda de 8,49% nos preços da gasolina em maio, resultado do arrefecimento da demanda por combustíveis em meio à pandemia de coronavírus.

Mas, em nota, André Braz, Coordenador dos Índices de Preços da FGV, disse que “as próximas edições do IGP repercutirão os aumentos do preço da gasolina, que já totalizam alta de 22% nas refinarias em maio, contribuindo para a aceleração da inflação ao produtor e ao consumidor”.

Por sua vez, o Índice Nacional de Custo da Construção-10 (INCC-10) subiu 0,19% em maio, contra alta de 0,29% em abril.

O IGP-10 calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência. (Reuters)