O Valor da Produção Agropecuária (VPA) do Estado de São Paulo alcançou R$ 125,84 bilhões em 2021, desempenho 28,64% superior ao ano anterior, de acordo com informações antecipadas ao Broadcast Agro pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Conforme comunicado da secretaria, o valor é superior ao resultado previamente divulgado em janeiro de 2022, estimado em R$ 122,41 bilhões. “A revisão levou em conta levantamentos relacionados a preço e produção, referentes, principalmente, ao segundo semestre do ano passado”, justificou a secretaria.
Os cinco produtos com maior VPA do Estado foram: cana-de-açúcar, carne bovina, soja, carne de frango e laranja para a indústria, representando 67,59% do valor total do Estado. Segundo os pesquisadores do IEA, no caso das commodities, a evolução no VPA reflete o alto nível das cotações internacionais dos produtos de exportação, resultado da elevação da demanda e da queda acentuada dos estoques, principalmente, de produtos como soja e milho.
Para o cálculo do VPA foram utilizados os preços médios mensais recebidos pelos produtores, extraídos do banco de dados do IEA e os dados de produção obtidos dos cinco levantamentos sistemáticos de previsão e estimativas de safra realizados pelo Instituto em conjunto com a Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). Os produtos agropecuários analisados foram classificados em cinco grupos de acordo com suas características. São eles: produtos para indústria, produtos animais, frutas frescas, grãos e fibras e olerícolas.
No grupo “produtos para indústria”, a cana-de-açúcar, na primeira posição, responde por 33,68%, e a laranja para indústria, 5,31% do total do estado. Entre os cinco primeiros do ranking, dois estão classificados no grupo de “produtos animais”: carne bovina, na segunda colocação, com aproximadamente 13,87% do total estadual, e a carne de frango, na quarta, com 6,11%.
A soja ocupou a terceira colocação no VPA com 8,63% do total do Estado. Foi o único, entre os cinco maiores, com incremento na produção (6,11%). Mantendo a nona colocação no ranking estadual, o VPA do leite aumentou 12,82%, mesmo com a queda de produção de 13,30%, ocasionada pela elevação de custos com alimentação suplementar dos rebanhos, bem como pela redução de importações, diante da elevação de demanda em outros mercados.
Em todos os cinco grupos foram constatadas variação positiva do VPA, com destaque para o de “grãos e fibras”, que aumentou 42,96%, seguido pelos de “produtos animais” e “produtos para indústria”, com expansão, respectivamente, de 30,40% e 29,50%. As menores variações do VPA foram dos grupos de “olerícolas” (11,00%) e o de “frutas frescas” (6,38%).