A bolsa paulista fechou com o Ibovespa abaixo de 96 mil pontos nesta quinta-feira, marcada por noticiário corporativo intenso, tendo Ambev e Petrobras entre as maiores quedas, enquanto receios sobre a reforma da Previdência e o viés negativo dos mercados no exterior endossaram vendas.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa caiu 1,77 por cento, a 95.584,35 pontos. O volume financeiro somou 16,8 bilhões de reais.
Fevereiro encerrou com o Ibovespa em queda de 1,86 por cento, mas o acumulado do ano ainda mostra ganho 8,76 por cento, dada a alta de 10,8 por cento em janeiro.
“Continuo acreditando que estamos em um momento de acomodação e realização de lucros”, afirmou o estrategista Dan Kawa, sócio na TAG Investimentos.
Diante de um cenário já mais cauteloso com sinais de tramitação complicada da proposta de reforma da Previdência, comentários do presidente Jair Bolsonaro veiculados pela mídia endossaram preocupações sobre uma ‘desidratação’ da proposta original, que prevê economia de 1 trilhão de reais em 10 anos.
Em encontro com jornalistas mais cedo, o presidente Jair Bolsonaro teria aventado a possibilidade de negociar pontos da reforma da Previdência, entre eles a redução da idade mínima para aposentadoria das mulheres de 62 anos para 60, conforme veiculado na mídia, minando o humor de agentes financeiros.
De acordo com notas publicadas nos portais UOL e G1, Bolsonaro mostrou em reunião com jornalistas mais cedo nesta quinta-feira disposição em negociar alguns pontos do texto encaminhado ao Congresso na semana passada, entre eles baixar a idade mínima para aposentadoria das mulheres. (Reuters)