(Reuters) – O atual secretário-adjunto de Desestatização do Ministério da Economia, Gustavo Henrique Moreira Montezano, será o novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), informou o Ministério da Economia em nota nesta segunda-feira.
“O Ministério da Economia informa o encaminhamento para a deliberação do Conselho de Administração do BNDES do nome de Gustavo Montezano, atual secretário-adjunto da Secretaria de Desestatização e Desinvestimento, para presidir a instituição”, afirmou a nota.
Antes, a líder do governo no Congresso, deputada Joice Hasselmann (PSL-SP), publicou no Twitter que Montezano seria o novo chefe do banco estatal.
Montezano foi o sócio-diretor do BTG Pactual responsável pela divisão de crédito corporativo e estruturados, baseado em São Paulo. Ele iniciou a carreira como analista de private equity no Opportunity, no Rio de Janeiro, e é mestre em Economia pela Faculdade de Economia e Finanças (IBMEC-RJ) e graduado em Engenharia pelo Instituto Militar de Engenharia (IME-RJ).
A escolha de Montezano veio depois de um imbróglio que marcou o fim de semana, quando Joaquim Levy —então presidente do BNDES— pediu para deixar a presidência da instituição, após o presidente Jair Bolsonaro ameaçar publicamente demiti-lo se ele não afastasse um executivo do banco de fomento.
A relação de Levy com o Planalto vinha desgastada há algum tempo e, dentre os motivos, estão temas como a devolução de recursos ao Tesouro Nacional e a abertura de informações do banco com detalhes sobre financiamentos do passado.
No comunicado, o Ministério da Economia agradeceu a Joaquim Levy pela dedicação à frente do BNDES.