O plantio de trigo da safra 2021/22 alcançou 60% da área projetada no Rio Grande do Sul, de 1,414 milhão de hectares, informou a Emater/RS/Ascar, em informativo conjuntural. A semeadura do cereal avançou 3 pontos porcentuais em uma semana. “Há um atraso na implantação da cultura em relação ao planejamento inicial dos produtores, o que causa apreensão em função do avanço na projeção da data da colheita, que pode competir com a época de instalação das lavouras de verão”, disse a Emater no relatório.

O atraso no cultivo das lavouras de trigo deve-se às chuvas volumosas e sucessivas que atingiram o Estado nas últimas semanas, com predomínio de dias chuvosos e alta umidade, segundo a Emater. “Os triticultores encontraram muita dificuldade em ampliar ou finalizar a implantação da cultura, sendo possível apenas em áreas de topografia mais altas, como coxilhas ou solos mais drenados”, observou a instituição. De acordo com a Emater, a presença de umidade beneficiou a germinação das lavouras e a uniformidade da emergência dos solos. “Contudo, as plantas apresentam a primeira folha do embrião muito fina, de coloração amarelada e com o desenvolvimento lento devido à falta de luminosidade”, ponderou a Emater.

Sobre a safra de verão, a Emater informou que a colheita da safra de verão, também prejudicada pela sequência de dias chuvosos, foi tecnicamente encerrada no período. “São poucas as lavouras restantes, estabelecidas a partir de janeiro, com o objetivo de produção de grãos para a comercialização”, apontou a Emater. Segundo a entidade, nas lavouras que não tiveram a maturação interrompida pela geada, houve aumento da incidência de fungos em espigas, especialmente pela alta umidade. “Em pequenas produções, a colheita seguiu de forma escalonada e conforme a necessidade de milho nas propriedades”, pontuou a Emater.

(Broadcast Agro)