Os preços da soja sobem na Bolsa de Chicago nesta manhã de quarta-feira (2). As altas variavam, por volta de 6h15 (horário de Brasília), de 4,50 a 5 pontos nos principais vencimentos, com o novembro valendo US$ 10,61 e o maio, US$ 11,07 por bushel. Os futuros do grão acompanhavam as boas altas do óleo, do milho e do trigo, que mais uma vez subiam de olho no avanço expressivo do petróleo.
A semana tem sido marcada pelo agravamento dos conflitos no Oriente Médio, que ontem começaram um novo capítulo com a entrada efetiva do Irã. O país fez um ataque a Israel com mais de 200 mísseis, afirmando se tratar de uma retaliação à morte dos dois principais líderes do grupo extremista Hezbollah.
Israel já afirmou que o ataque terá consequências e que está preparando sua resposta, inclusive com a ajuda dos EUA. O Irã alertou o país comandado por Joe Biden para que não interfiram. Novos bombardeios a alvos do Hezbollah, em Beirute, no Líbano, já foram anunciados.
Com a principal região produtora de petróleo do mundo sob uma grave ameaça, os mercados reagem imediatamente. Na manhã desta  quarta, os preços do petróleo – tanto o brent, quanto o WTI – subiam quase 3%, com o barril do brent, na Bolsa de Londres, cotado a US$ 71,87.
Entre as commodities agrícolas, os ganhos mais expressivos se dão entre os grãos – dada a importância do Oriente Médio para milho, trigo e derivados, além de ser uma importante rota de fluxo de comércio – bem como para os óleos vegetais – com o óleo de soja subindo mais de 2% na CBOT – além do açúcar e do algodão, ambos os mercados muito conectados ao petróleo. Ambos operam, ao lado do café, em campo positivo na Bolsa de Nova York.
O cenário ainda é bastante nebuloso, a resposta de Israel é monitorada pelos mercados com muita atenção o e prêmio de risco no mercado do petróleo subiu na mesma medida em que as tensões escalaram no Oriente Médio.
No caso da soja, porém, o fator central de atenção para o mercado agora é o clima no Brasil, com as previsões mostrando uma melhora das condições, com a chegada de chuvas melhores somente na segunda metade de outubro. E os mapas climáticos vêm convergindo sobre este cenário, enquanto os produtores aguardam pela sua confirmação para avançar com o plantio da safra 2024/25.
(Notícias Agrícolas)