A BRF está investindo em inteligência territorial para monitorar todas as fazendas das quais compra grãos nos biomas Amazônia e Cerrado. Em nota, a companhia disse que se comprometeu a mapear o segmento até 2025. Atualmente, a BRF monitora mais de 7 milhões de hectares de lavouras em sete Estados brasileiros. Segundo a companhia, o projeto aplica modelo matemático de cerca de 8 mil variáveis, que cruza restrições de negócios – como os volumes de consumo e os estoques mínimos das unidades, capacidades de armazenagem, expedição e recebimento das mesmas – e contratos de compra com dados de mercado.
A tecnologia, de acordo com a BRF, aprimorou o fluxo de compras e o controle de estoques de grãos da empresa. A companhia estima que o uso da ferramenta gerou economia de R$ 3,5 milhões somente no mês passado. O algoritmo da plataforma também consegue apontar quais lavouras têm maior risco de quebra, ao cruzar dados de solo e clima de mais de 30 anos. “Até o momento conseguimos monitorar dois mil contratos com base em risco de quebra e de não entrega do produto, o que representa um volume de mais de 1 milhão de toneladas de grãos monitorados”, disse, em nota, o diretor de Operações e Compras de commodities da BRF, Gilson Ross.
A BRF informou, ainda, que no ano passado investiu R$ 10 milhões na atualização de plataformas existentes e implementação de tecnologias voltadas à eficiência territorial das compras e à garantia da rastreabilidade de grãos, que permitem o monitoramento integrado da cadeia de commodities.