A Bolsa de Cereais de Buenos Aires reduziu de 48 milhões para 41 milhões de toneladas sua estimativa para a safra argentina de soja em 2022/23. A projeção de área semeada foi reduzida em 500 mil hectares, de 16,7 milhões para 16,2 milhões de hectares. Segundo a bolsa, a escassez de chuvas, as perdas causadas por altas temperaturas e o encerramento da janela de plantio no centro da área agrícola levaram à redução da área. O plantio avançou 7,3 pontos porcentuais na semana e alcançou 89,1% da nova estimativa.

A bolsa informou que 4% da safra de soja apresentava condição boa ou excelente, ante 8% na semana anterior. A parcela em condição normal passou de 54% para 40%, enquanto a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 38% para 56%.

Já a área de milho foi reduzida em 200 mil hectares, para 7,1 milhões de hectares. O corte também foi motivado pela falta de umidade associada ao fim da janela ideal de plantio no centro da área agrícola, disse a bolsa. O plantio de milho atingiu 83% da nova área, avanço semanal de 31,1 pontos porcentuais. Na comparação com a data correspondente do ano passado, há um atraso de 3,4 pontos porcentuais.

Na semana, a parcela da safra de milho em condição boa ou excelente passou de 13% para 7%. A bolsa disse que a parcela em condição normal passou de 55% para 46%. Já a parcela em condição regular ou ruim aumentou de 32% para 47%.

A colheita da safra 2022/23 de trigo na Argentina foi concluída na última semana. Na temporada, marcada pela falta de chuvas e por geadas, a produção foi de 12,4 milhões de toneladas, com rendimento médio de 2.280 quilos por hectare. Na temporada 2021/22, o rendimento médio foi de 3.440 quilos por hectare.

(Broadcast Agro)