(Reuters) – O governo vai trabalhar para aprovar a reforma da Previdência neste ano e não correr o risco de deixá-la “escorregar” para 2020, o que tornaria a sua aprovação quase inviável por se tratar de um ano eleitoral, disse à Reuters um fonte da área econômica do governo.
Segundo a fonte, que falou sob a condição de anonimato, a previsão é que ainda há espaço para o governo aprovar a reforma em primeiro turno na Câmara até a metade do ano. A perspectiva é que o projeto chegue ao Senado no segundo semestre.
“Não se pode correr o risco de deixar para 2020; com eleições fica muito difícil”, disse a fonte. “Tem que sair com certeza absoluta este ano. Cada dia que passa fica pior, 2020 é ano eleitoral”, acrescentou.
“Há um esforço concentrado porque ano eleitoral é sempre muito mais difícil.”
Para conseguir viabilizar a aprovação neste ano, dentro da área econômica já se admite algumas mudanças nas regras propostas para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e na aposentadoria rural.
A fonte avaliou que o bate-boca de quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), entre o deputado Zeca Dirceu e o ministro da Economia, Paulo Guedes, que provocou o encerramento da sessão, uniu ainda mais os parlamentares favoráveis à reforma.
“O aconteceu ontem uniu mais o grupo… Foi até bom acontecer isso para a aproximação. Foi um episódio que mostrou a necessidade de agir junto para conseguir aprovar.”