O anúncio da abertura de exportação de embriões de bovinos para Mianmar pode representar uma grande oportunidade ao mercado brasileiro de genética zebuína na Ásia. A aprovação foi divulgada nessa quarta-feira (26), pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo Carlos Vivacqua, diretor executivo da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), isso significa que a região pode se tornar um mercado potencial comprador do Brasil. Atualmente, os maiores importadores de genética zebuína são os países da América Latina, como Colômbia, Paraguai e Bolívia, e países da África, como Uganda e Angola.
A maior fatia do mercado brasileiro de genética zebuína é o de sêmen. Cresceu 47,7%, no fechamento do primeiro semestre desde ano, em comparação com o mesmo período de 2019, segundo a Asbia. O Brasil saiu de uma venda de 66,5 mil doses para 98,2 mil doses. “A tendência tem sido de crescimento ano a ano”, afirma Vivacqua. Em 2019, o País exportou 485,3 mil doses, 16% a mais sobre 2018, quando foram embarcadas 419 mil doses.
Mais mercados
Além de Mianmar, seu vizinho Laos também deve aprovar importações de material genético. Segundo Vivacqua, a abertura foi adiada por conta da pandemia, mas deve ser aprovada em breve. “Nesse primeiro momento, a abertura é da venda de animais vivos para depois serem exportados embriões e sêmen”. Os dois países vão se somar com Sri Lanka e Vietnã que já compram material genético bovino do País.
Além da exportação de embriões de bovinos, o Mapa anunciou a abertura comercial de embriões equinos para os Estados, além da venda de sebo suíno para nutrição animal na Argentina. A pasta contabiliza 53 ações de aberturas de novos mercados e também a ampliação de produtos para parceiros comerciais já consolidados desde o início do ano, ante 35 do ano passado inteiro. (Redação DBO com Conteúdo Estadão)