Duas novas nuvens de gafanhotos foram identificadas na Argentina, informa o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar do país (Senasa). Segundo o chefe do Programa Nacional de Gafanhotos e Ticuras da Argentina, Hector Emílio Medina, entre as nuvens ativas, duas estão na província de Santiago Del Estero, uma na província do Chaco (em Taco Pozo) e duas na província de Salta (uma delas entrou ontem ao país, vinda do Paraguai).

Os dois novos aglomerados estão na região norte do país, na província de Santiago del Estero – na fronteira com Paraguai e Bolívia – e se movem em sentido sul para oeste. Técnicos da entidade ainda não mensuraram o tamanho da área que os insetos ocupam e seguem no monitoramento da nuvem nesta terça-feira. Uma delas já percorreu 247 quilômetros do último sábado (1º) até as 14h de segunda-feira (3).

A migração dos gafanhotos está sendo favorecida pelo tempo quente e seco da região e ventos norte. Apesar da movimentação mais rápida dos insetos, fiscais estaduais agropecuários avaliam que mesmo em um cenário “perfeito” de condições climáticas para o deslocamento, não há possibilidade de esses insetos entrarem no território brasileiro nesta semana.

Também no norte da Argentina, permanece a terceira nuvem de gafanhotos que foi detectada, mais a leste, próximo à divisa de Formosa com a província de Chaco, na cidade de Las Lomitas. A entidade informou que os técnicos seguem rastreando os insetos na região, mas que não se sabe a localização exata, uma vez que a área é de difícil acesso. “A localização estimada nesta quinta-feira era em uma zona ao sul da cidade de Las Lomitas – junto ao rio, mas agora no lado de Formosa”, disse em comunicado.

A segunda nuvem de insetos, que entrou no país, se moveu da província de Formosa para Salta, a oeste, em Ingeniero Juárez. Sobre esse aglomerado, o Senasa já realizou duas pulverizações de inseticidas, mas o resultado das aplicações ainda não foi divulgado.

Esses quatro aglomerados estão mais de 500 quilômetros distantes da fronteira com o Brasil. Quanto à nuvem que estava mais próxima do País, presente na Argentina desde maio, e que já foi 90% eliminada, os insetos remanescentes permanecem estacionados em Federación, na província de Entre Rios – divisa com o Uruguai e a 100 quilômetros da cidade gaúcha de Barra do Quaraí (RS). (AE)