De acordo com o isolamento social recomendado pelo Ministério da Saúde, quem pode fica em casa por quem não pode. Os trabalhadores do campo e da indústria, por exemplo, seguem trabalhando para garantir o abastecimento de alimentos durante a pandemia do coronavírus. Em Rolândia (PR), a rotina na maior processadora de aves do país passou por algumas adaptações. Por lá, são mais de 700 toneladas de carne de frango produzidas por dia e aproximadamente três mil e quinhentos funcionários nas operações, que não podem parar. A empresa redobrou os cuidados com a segurança dos colaboradores do começo ao final da jornada.

Antes da pandemia, o veículo que transporta os funcionários era ocupado por 46 passageiros. Hoje, o número diminuiu para 23, e o espaço entre eles é maior. Na entrada da fábrica, a distância de um metro e meio entre os colaboradores também é respeitada. Todos são submetidos a uma triagem diária para medição da temperatura corporal e, depois, passam pelo túnel onde é liberado um produto que higieniza roupas e calçados. Toda adaptação exige uma dose extra de paciência e atenção, mas os colaboradores compreendem a necessidade das mudanças e apoiam os procedimentos.

Para chegar ao setor de produção, é necessário vestir roupas de proteção, lavar as mãos e os pés e utilizar álcool em gel. O trabalho não pára, e as as equipes se revezam para manter volume de produção. Quem se dedica a produzir e garantir o abastecimento de alimentos, está satisfeito em contribuir para manter a comida na mesa dos brasileiros.
O uso dos equipamentos de proteção não se limita à área de produção. O setor administrativo conta com mais de 90 colaboradores, e cada um tem seu kit com máscaras, luvas e álcool em gel. A empresa adotou medidas preventivas antes do governo classificar o novo coronavírus como pandemia. Pelo menos 80 pessoas que pertencem aos grupos de risco, como aqueles que possuem mais de 60 anos de idade, alguma doença crônica, mulheres gestantes ou quem teve recomendação médica, foram afastadas e estão em casa. Graças aos procedimentos de combate à Covid-19, não há registro de funcionários contaminados entre os 4 mil colaboradores, e a empresa continua contratando.

Os procedimentos adotados no frigorífico de Rolândia são orientações da JBS. As ações já estão em vigor em todas as unidades e têm como objetivo garantir a prevenção, a segurança e a saúde dos colaboradores. Além das medidas já destacadas, outras também estão sendo praticadas, tais como ampliação da frota de transporte, desinfecção diária das unidades, vacinação contra gripe H1N1 para 100% dos colaboradores, ações de distanciamento social e forte comunicação de prevenção e cuidados. Proteção é a prioridade absoluta da empresa.
As ações adotadas pela JBS seguem o mais alto protocolo técnico de saúde elaborado pela equipe de infectologistas do Hospital Albert Einstein, de São Paulo. O diretor geral da planta de Rolândia, Clóvis Guedes, administra todas as ações que estão sendo feitas por lá e se orgulha dos resultados. O resultado de tanta dedicação pode ser observado nas prateleiras e geladeiras dos supermercados e açougues. A distribuição de alimentos frescos e de qualidade segue normal. Para os profissionais da planta em Rolândia, o dever está sendo cumprido.

De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal, a distribuição de alimentos segue normal no país e a produção nacional de aves cresceu 6% esse ano, principalmente devido à demanda interna. Francisco Turra, presidente da ABPA, afirmou que dos mais de 500 mil funcionários de frigoríficos espalhados pelo Brasil, 300 foram diagnosticados com o novo coronavírus até agora. “Nós lutamos para não haver nenhuma contaminação e seguimos rígidos protocolos de segurança. Nossa prioridade é a vida dos trabalhadores, de seus familiares e a preservação dos empregos. Suspendemos as atividades de quem pertence aos grupos de riscos, mas não demitimos ninguém, ao contrário, contratamos. A produção de alimentos não parou. Em um momento tão difícil como o que estamos enfrentando no mundo todo, não podemos descartar produtos nos frigoríficos, por isso, redobramos os cuidados com os colaboradores”, destacou. (Canal Rural)