O grupo alemão Toennies, que está no centro de um surto de coronavírus em frigoríficos no país europeu, disse nesta sexta-feira que vai contratar 1.000 funcionários e deixar de utilizar trabalhadores terceirizados nas atividades de abate de animais e processamento de carnes.
Uma unidade da Toennies em Rheda-Wiedenbrueck, no oeste da Alemanha, está fechada há três semanas, depois que mais de 1.500 trabalhadores testaram positivo para Covid-19. Isso resultou no “lockdown” de 600 mil pessoas na região vizinha de Guetersloh, que foi suspenso nesta semana.
Os frigoríficos alemães têm sido alvos de críticas pelo uso generalizado de trabalhadores terceirizados que migram do Leste Europeu e pelas acomodações apertadas em que são instalados, suspeitas de contribuir para os surtos de coronavírus nas fábricas.
A Toennies disse que está iniciando um projeto piloto para empregar diretamente 1.000 pessoas nas operações de abate e processamento até 30 de setembro. A medida faz parte de um plano para pôr fim à utilização de terceirizados até o final do ano.
Essa é a primeira de uma série de mudanças e mostra que o grupo Toennies está levando a sério as demandas que recebe e trabalhando de forma rápida para “atender às demandas políticas e da sociedade”, disse em comunicado o sócio-gerente da empresa, Clemens Toennies. (Reuters)