(Reuters) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou sua perspectiva de crescimento do Brasil em 2020, o que ajudou a conter a pressão negativa de México e Chile sobre a estimativa para a América Latina.
Na revisão de seu relatório Perspectiva Econômica Global, divulgada nesta segunda-feira, o FMI passou a ver um crescimento de 2,2% do Brasil neste ano, 0,2 ponto percentual a mais do que no relatório de outubro.
Para 2019 também houve melhora da projeção, de 0,3 ponto, a 1,2%. O IBGE divulga os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre e do ano de 2019 em 4 de março.
De acordo com o FMI, a revisão para cima da estimativa para este ano deve-se “à melhora do sentimento após a aprovação da reforma da Previdência e à redução dos problemas de oferta no setor de mineração”.
As perspectivas melhores para o Brasil compensaram revisões para baixo do crescimento do México em 2020 e 2021, entre outros motivos pela fraqueza contínua do investimento, além de uma forte redução para o Chile após manifestações sociais.
Agora, a estimativa de crescimento da América Latina é de 1,6% em 2020 e 2,3% em 2021, respectivamente cortes de 0,2 e 0,1 ponto percentual.
Para os mercados emergentes e em desenvolvimento, o FMI prevê expansão de 4,4% em 2020 e 4,6% em 2021, ante os 3,7% estimados para 2019. As contas para este ano e o próximo, entretanto, foram reduzidas em 0,2 ponto percentual cada em relação ao prognóstico de outubro.