No âmbito do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a inflação ao consumidor também acelerou. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,98% em março, ante 0,35% em fevereiro, informou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV). O IGP-M acelerou a 2,94% em março, após 2,53%, acumulando 8,26% no ano e de 31,10% em 12 meses.
Dentro do IPC-M, quatro das oito classes de despesa componentes registraram acréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Transportes (1,45% para 3,97%). Neste segmento de preços, a FGV cita o encarecimento da gasolina, a 11,33% este mês, depois de atingir 4,42% em fevereiro.
Também ajudaram a pressionar o IPC-M os grupos Habitação (-0,29% para 0,53%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,18% para 0,41%) e Vestuário (-0,33% para 0,18%). Pela ordem, nessas classes de despesa, a FGV cita as pressões de itens como tarifa de eletricidade residencial (-3,03% para 0,31%), artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,42% para 0,61%) e acessórios do vestuário (-1,78% para 1,34%).
Já o conjunto de preços de Educação, Leitura e Recreação (0,78% para 0,02%), de Alimentação (0,18% para 0,10%), de Comunicação (0,00% para -0,10%) e de Despesas Diversas (0,23% para 0,21%) entraram na direção de atenuar um pouco a alta. Nesses segmentos, destacam-se os seguintes itens: cursos formais (2,41% para 0,00%), hortaliças e legumes (-1,77% para -3,70%), combo de telefonia, internet e TV por assinatura (0,15% para -0,13%) e serviço religioso e funerário (0,44% para 0,08%).
Maiores influências
Além da gasolina, que teve maior participação na alta do IPC-M de março, também ajudaram a pressionar itens como etanol (16,64% ante 2,59%), gás de botijão (4,23% ante 2,21%), plano de seguro e saúde (0,83% ante 0,78%) e aluguel residencial (0,88% ante 0,35%).
Em contrapartida, ficaram mais baratos no varejo: tomate (-11,69% de -8,79%), batata inglesa (-12,61% de -5,49%), leite longa vida (-4,03% de -3,69%), maçã (-10,01% de -1,87%) e arroz (-2,35% de -0,81%).
Atacado
No atacado, as maiores pressões de alta foram óleo diesel (25,87% de 8,47%), gasolina automotiva (23,81% de 17,43%), minério de ferro (2,68% de 2,63%), soja em grão (1,93% de 5,41%) e adubos e fertilizantes (14,32% de 15,77%). Já o farelo de soja (-5,74 de alta de 4,37%), batata inglesa (-24,52% ante -15,88%), maçã (-29,16% ante -13,07%) e mandioca (-3,31% ante alta de 3,61%). (AE)