O Federal Reserve deve manter a taxa de juros nesta quarta-feira, e novas projeções econômicas das autoridades do banco central dos Estados Unidos podem mostrar menos cortes nos juros este ano e um início tardio do afrouxamento da política monetária.
As autoridades do Fed receberão uma nova rodada de dados de inflação que poderá moldar suas perspectivas poucas horas antes de concluírem sua reunião de dois dias e divulgarem seu comunicado e projeções trimestrais atualizadas.
Porém, com os esforços do Fed para reduzir a inflação para sua meta de 2% mostrando apenas uma melhora modesta neste ano até abril e com o forte crescimento do emprego dissipando as preocupações com o enfraquecimento da economia, analistas esperam que o banco central mantenha sua atitude “sem pressa” em relação aos cortes, deixando a taxa de referência na faixa de 5,25% a 5,50%, definida em julho passado.
“Dado que a inflação permanece acima da meta e a atividade continua robusta, o Fed pode ser paciente ao determinar quando ajustará sua taxa de juros”, escreveram economistas do Bank of America sobre uma reunião que, na opinião deles, terá poucas mudanças no comunicado ou na orientação que o chair do Fed, Jerome Powell, oferecerá em sua coletiva de imprensa após a reunião.
A decisão de política monetária será divulgada às 15h e Powell falará com os repórteres meia hora depois.
Dada a atual estagnação do progresso da inflação, muitos analistas esperam que a projeção do “gráfico de pontos” do Fed para sua taxa de juros referencial mostre apenas dois cortes de 0,25 ponto percentual até o final deste ano, em comparação com três previstos em março.
Mas a mediana pode facilmente pender para apenas um corte em um grupo de autoridades quase uniformemente dividido.
“Se houver algum risco (…) é o de que haja apenas um corte de 25 pontos-base nos juros este ano”, disse Joe Brusuelas, economista-chefe da RSM US, com Powell usando sua coletiva de imprensa para “administrar as expectativas” em um momento em que as autoridades do Fed se sentem particularmente incertos sobre o caminho que a economia pode seguir.
(Via Notícias Agrícolas)