O Estado de São Paulo obteve avanços no Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA) necessários para a retirada da vacinação, e poderá ficar livre da obrigatoriedade da imunização. A informação é da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), que cita nota do Ministério da Agricultura: “Com base neste resultado e no avanço das ações estaduais do Plano Estratégico do PNEFA, o Estado reúne os requisitos mínimos para avanço no status junto aos demais estados componentes do Bloco 4”. O bloco IV é composto por Bahia, Sergipe, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Distrito Federal. O bloco se encontra em processo de substituição da vacinação por outras medidas de vigilância contra a doença.
Em nota, a Faesp diz que a análise das condições do Estado ocorreu nos dias 10 e 11 de outubro, junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA) paulista. São Paulo conseguiu avançar a nota em sete itens do Programa de Avaliação e Aperfeiçoamento da Qualidade dos Serviços Veterinários Oficiais (Quali SV) avaliados no PNEFA. A entidade disse ter atuado “intensamente” para que os aprimoramentos do Estado fossem reconhecidos. “É uma grande conquista para a pecuária paulista”, afirma o presidente da Faesp, Fábio de Salles Meirelles.
Para evoluir no status de “livre de febre aftosa com vacinação” para “livre de febre aftosa sem vacinação”, o Ministério elaborou o Plano Estratégico do PNEFA, que dividiu o País em blocos compostos por Estados com características semelhantes de trânsito e comércio de animais. A retirada da vacinação está prevista para ocorrer em blocos.
Conforme programado previamente, a Faesp ressalta que o Estado seguirá vacinando os animais em 2023 e aguarda a próxima janela de avaliação do Departamento de Saúde Animal, da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura. O Brasil não registra nenhum caso de febre aftosa desde 2006 e o Estado de São Paulo desde 1996.