Yago Travagini é economista e consultor de mercado pela Agrifatto
Caroline Matos é zootecnista e trainee pela Agrifatto
Bruna Giacon é graduanda em agronomia e estagiária pela Agrifatto
Resumo da semana:
A semana se encerrou com o preço do boi gordo se mantendo estável. A dificuldade em encontrar animais aptos para o abate continua a ditar a firmeza do animal. A valorização do dólar frente ao real (superando os R$ 5,70) deu forças para as vendas destinadas ao mercado externo, e unido ao retorno chinês, o preço boi gordo no mercado físico manteve acima dos R$ 300,00/@. Na média semanal o animal ficou cotado à R$ 300,90/@, com desvalorização de 0,26% frente a semana anterior. Cabe à ressalva que a procura pelo animal com tipificação de exportação para a China aumentou, e com isso, o prêmio China está de volta, com esses animais saindo por até R$ 310,00/@.
Com a colheita prejudicada devido ao clima chuvoso na maioria das regiões produtoras do país, a soja brasileira bate recorde nos preços. A oleaginosa encerrou a semana cotada à R$ 174,34/sc no Porto de Paranaguá/PR, obtendo valorização de 4,11% no comparativo semanal. Com a cotação do dólar superando R$ 5,70 e o atraso da colheita, o preço da soja continua a avançar mesmo na safra. Apesar da perspectiva de finalização da colheita da oleaginosa nas próximas semanas, a manutenção dos preços acima dos R$ 160,00/sc é esperada pelos sojicultores que focam nos trabalhos de campo. Por outro lado, quem está sentindo os efeitos iniciais da maior produção é o farelo de soja, que registrou queda de 7,87% na semana, fechando a sexta-feira nos R$ 2.356/t, menor valor desde o fim de dezembro/20.
Seguindo o mesmo ritmo da soja, as cotações de milho na semana também foram recordes. O cereal fechou a sexta-feira cotado à R$ 89,07/sc, valorizando 4,29% quando comparado a sexta-feira retrasada. Os preços são sustentados pelas incertezas no campo e pelo dólar. Com um ritmo ainda lento da colheita da soja, a semeadura da segunda safra de milho (safrinha) também segue atrasada, grande parte do plantio está sendo realizado fora da janela ideal para a cultura, gerando especulações sobre as condições das lavouras e consequentemente do preço futuro.
Além dessas, a commodity que não abre espaço para quedas é o petróleo WTI. A cotação do betuminoso bateu na sexta-feira o valor de US$ 66,26/barril, subindo 7,69% frente a sexta-feira da semana retrasada, atingindo o maior valor desde outubro/18. O movimento da OPEP+ em manter os cortes na produção de petróleo surpreendeu o mercado, que esperava uma revisão dos cortes e um aumento de produção. Diante deste movimento, a pressão sobre os combustíveis no Brasil deve continuar de maneira cada vez mais intensa nas próximas semanas.

 

1. Na tela da B3
Sustentado pela movimentação do dólar e das exportações, o boi gordo fechou mais uma semana com alta na B3. O contrato com vencimento para maio/21 obteve valorização de 2,65% no comparativo semanal, fechando a sexta-feira cotado à R$ 299,75/@. Além deste, outro contrato que acelerou de maneira mais intensa e vai pela primeira vez no ano abrindo um ágio para as cotações no mercado físico é o outubro/21. Tal contrato encerrou a semana com alta de 4,57% em relação a sexta-feira passada, ficando cotado à R$ 315,80/@.
A perspectiva de melhora no fluxo de negócios de carne bovina, atraiu maior volume de negócios na B3 também. O total de contratos negociados cresceu 5,82% na última semana, chegando a 23,14 mil contratos em aberto (futuros + opções), o maior volume das últimos cinco semanas. Sendo que as opções foram as responsáveis por este aumento, voltando a apresentar um volume de contratos abertos maior que os futuros.
O crescente interesse pelas opções é liderado pela CALLs que continuaram a crescer na última semana, atingindo um volume de 8,12 mil CALLs em aberto no fim da semana passada, 30,83% maior que na semana retrasada. Este é o maior volume de opções de compra em aberto desde o final de novembro/20. Cabe a ressalva que a operação que aparenta mais estar sendo utilizada neste momento é uma operação estruturada, a CALL Spread, onde o mesmo operador compra e vende uma call, com o intuito de gastar menos com o prêmio de compra da CALL e ainda assim se proteger de uma possível alta.
A movimentação dos players na última semana é que pode confirmar essa operação. Isso por que os dois players que mais compraram CALLs na última semana (PJs não financeiras e Investidores Institucionais) foram também os que mais venderam, aumentando assim apenas o volume negociado no mercado. Com este aumento, as CALLs já representam 61% do total de opções em aberto no contrato do boi gordo, a maior participação desde 17/09/2020.

 

 

Apesar desta movimentação de compra de CALLs dos operadores indicando um possível aumento de posição comprada, o que se observa neste momento ainda é que os players se mostram com muita indecisão. As movimentações que mais se destacaram na última semana foi a invertida dos investidores institucionais que saíram de uma posição comprada de 496 contratos para uma posição vendida de 1,13 mil contratos, através da venda de de futuros e da compra de PUTs. E o outro destaque vai para os Investidores não residentes que aumentaram sua posição comprada em boi gordo em 814%, atingindo um total de 1,00 mil contratos, a maior “aposta” na alta do boi gordo desses players desde 26/11/2020.

 

 

1.1 O que o mercado futuro proporciona?
Como destacado na semana passada nesta mesma coluna, o mercado do boi gordo brasileiro encontrou drivers que o deram margem para que o preço do animal evoluísse. O rompimento dos R$ 308,00/@ no vencimento para março/21 gera mais tensão neste momento e deixa a operação mais arriscada, visto que o mercado interno não dá sinais de liquidez nas vendas de carne bovina.
Operar opções continua com a apresentar custos elevados, devido a alta volatilidade que o preço do boi gordo apresentou nos últimos meses. As PUTs recomendadas continuam sendo aquelas que chamamos de opções de “fim do mundo”, as quais seriam para proteger contra possíveis catástrofes que possam acontecer. Com um custo de R$ 0,95/@ é possível proteger o valor de R$ 290,00/@ em março/21 e para abril/21, dispendendo R$ 1,43/@ compra-se PUTs secas que protegem o valor de R$ 280,00/@. Como a oferta continua escassa essa é uma opção que se mostra conservadora e interessante para aqueles que tem bovinos para entregar nos próximos dois meses.
A movimentação destacada no texto “na tela da B3” sobre a operação estruturada CALL spread também foi ressaltada por nós aqui na semana passada. Como o mercado ainda pode surfar em valorizações mais fortes no 2ª semestre, esta operação pode se mostrar interessante para o vencimento outubro/21.
Com um nível de custo relativamente menor, os futuros se mostram como uma boa opção para quem deseja operar boi gordo na B3 neste momento. No entanto, a forte valorização observada no decorrer da última semana, com os vencimentos futuros de boi gordo nas máximas históricas e o IFR acima dos 70 (superando os 80 no caso do BGIV21) adiciona tons maiores de risco para aqueles que querem operar comprado nesses contratos. O esticamento foi acompanhado pelo dólar e pela alta da carcaça bovina no mercado interno, no entanto, a máxima só se revela depois que acontece, e desde o dia 12/02/2021 o contrato para outubro/21 renova máximas diariamente. Desta forma, a compra de futuros se apresenta com sinais de oportunidades, mas os riscos de tal operação cresceram.
No mercado à termo poucos negócios sendo realizados, com os pecuaristas desinteressados em fechar preços apostando em altas consecutivas do animal.

 

2. Enquanto isso, no atacado…
A semana se encerra com o mercado atacadista de proteína bovina em um cenário mais positivo. O início da semana ainda foi marcado por baixíssima liquidez das vendas, porém, com o pagamento dos salários na virada do mês uma pequena melhora pôde ser observada. Houve um aumento no volume de vendas, sendo possível realizar o repasse dos preços do boi gordo para a carcaça bovina no atacado. A cotação da carcaça casada bovina registrou leve alta de 0,41% no comparativo semanal, ficando cotada a R$ 18,58/kg.
Seguindo o mesmo ritmo de valorização do mercado bovino, o setor avícola também encerrou a semana com as cotações em alta. No comparativo semanal houve um avanço de 1,74% nos preços do frango resfriado, ficando cotado a R$ 5,79/kg. A carne de frango segue com elevada competitividade frente às principais proteínas concorrentes, fato que por si só já atrai o consumidor final para esta proteína. Além disso, houve um aumento no volume exportado, que juntamente com a valorização do dólar em relação ao real, mantiveram o setor em cenário altista.
Após registrar impressionantes valorizações nas últimas semanas, a cotação da carne suína recuou. Devido as recentes altas no preço da proteína, a liquidez no mercado interno reduziu. A semana foi marcada por dificuldade na realização de vendas no varejo, que acabaram travando as negociações. O preço da carcaça suína especial sofreu ajuste negativo de 2,01%, ficando cotada a R$ 11,1/kg. Apesar da queda nos preços da proteína suína no atacado, os embarques para fora do país seguiram em ritmo forte, alcançando a maior média diária dos últimos seis meses.
O mercado de ovos seguiu estável na última semana, porém em clima de incertezas. Com o crescente aumento nas cotações do milho, devido ao atraso do plantio da segunda safra do cereal, o avicultor de postura de ovos se mantém alerta. O período de Quaresma, que acaba incrementando as vendas, auxilia na estabilidade do mercado. A caixa com 30 dúzias de ovos ficou cotada nos mesmos R$ 138,00 da semana passada.

 

3. No mercado externo 
Como esperado, os envios de carne bovina in natura voltaram a ganhar forças. Com o dólar valorizado frente ao real e a volta chinesa, março/21 iniciou-se com um bom volume embarcado de proteína bovina. Ao todo foram exportadas 30,54 mil toneladas de proteína bovina até a última semana. Com isso, a média diária registrou aumento de 7,68% com a média de fevereiro/21, e 6,7% a mais que no mesmo período no ano passado (março/20), alcançando as 6,10 mil toneladas/dia.
O preço médio avança a passos de tartarugas, encerrando a primeira semana de março/21 à US$ 4,58 mil/tonelada, 0,96% maior que em fevereiro/21. A receita média diária obtida com os embarques na primeira semana de março/21 foi de US$ 28,00 milhões/dia, registrando aumento de 8,72% no comparativo semanal, e 11,39% superior a março/20. Com os problemas enfrentados pela China em relação a volta da PSA, a expectativa é de que os embarques de proteína bovina continuem.
Mesmo com a redução de 19% frente a média diária de fevereiro/21, os embarques de milho continuam acima das expectativas para esta época do ano. Foram 185,25 mil toneladas embarcadas na primeira semana de março/21, o que corresponde a 39% de tudo o que foi enviado em março/20. A média diária estabeleceu-se em 37,05 mil toneladas, 72,45% a mais do que no mesmo período do ano passado.
A melhora do dólar frente ao real melhorou a competitividade do cereal brasileiro, no entanto, os preços do milho do Brasil enviado para fora do país continuam evoluindo. O valor médio nesta primeira semana ficou em US$ 233,20/t, 7,45% a mais do que em fevereiro/21. Com isso, a receita avança de maneira ainda mais acelerada em comparação a março/20. Foram US$ 43,20 milhões obtidos com a venda de cereal na primeira semana do mês, levando a média diária a US$ 8,64 milhões, 111,50% superior que há um ano atrás.
Com a colheita avançando e a oleaginosa sendo escoada pelos portos, os embarques de soja voltaram a normalidade. Na primeira semana de março/21 foram 2,42 milhões de toneladas enviadas para fora do país, resultando em uma média diária de 483,34 mil toneladas, volume 403% superior que a média diária de fevereiro/21. Ainda assim, no comparativo anual a média diária é 2,02% menor.
O aumento de preços observado durante todo o ano de 2020 ganha contorno de rentabilidade nos portos, isso por que o preço médio em março/21 já é 14,09% superior que em março/20, atingindo o patamar de US$ 393,40/t. Com isso, a receita obtida com a venda de oleaginosa supera a média diária de março/20, chegando à US$ 190,15 milhões/dia, 11,78% superior que no mesmo período do ano passado.

 

4. A compra do pecuarista
Na última semana a chuva deu uma pequena trégua para os produtores de Mato Grosso, os problemas com retirada da soja e plantio do milho 2ª safra permaneceu em menor intensidade, mas ainda dificultando as atividades no campo. Reflexo dessa situação é retratado pelo boletim do IMEA, o milho avançou 18,4 p.p. durante a semana no plantio e o estado registra 73% da área plantada sobre os 5,7 milhões de hectares estimados. Para a colheita da soja esse avanço semanal foi 15 p.p. com 67% colhido da área de 10,3 milhões de hectares.
A situação é mais crítica em Mato Grosso do Sul e no Paraná, até o início da semana anterior a área colhida dos dois estados era inferior a 25% e plantio do milho 2ª safra não havia superado 15% da área estimada no Paraná e 25% em Mato Grosso do Sul.
Na região do MATOPIBA os sojicultores também tiveram problemas, especialmente no Tocantins e parte na Bahia. Nos demais estados as atividades no campo seguem em ritmo normal.
Os reflexos dos atrasos foram sentidos no decorrer da semana, com ajuda do dólar, preços internacionais e clima, o indicador da soja em Paranaguá/PR atingiu o recorde de R$ 174,34/sc.
Embora essa situação se arraste pela 3ª semana consecutiva, o avanço da colheita da soja permitiu a melhora da disponibilidade de soja para esmagamento e os preços do farelo já iniciaram o movimento de queda que pode ser observado pela sutil melhora no poder compra do pecuarista. No início de março, preço do farelo sofreu uma desvalorização de 8,3% frente ao mês de fevereiro/21 e combinado à melhora do preço da @ do boi gordo, o poder de compra do pecuarista aumentou 8,7% no comparativo mensal.
A tendência é que os preços do farelo de soja sigam essa trajetória de desvalorização até o mês de abril, quando a demanda pelo produto tende a crescer pelo pecuarista e o preço pode acomodar. A recomendação atual é que o pecuarista mantenha-se atento a movimentação do farelo de soja nas próximas semanas, pois essas devem reservar um bom período de compra desta fonte proteica.

 

 

Em caminho oposto ao do farelo de soja, agentes do mercado já sinalizam que a produção de milho 2ª safra será inferior à estimada atualmente mesmo que toda a área estimada seja plantada. A colheita do milho 1ª safra em andamento não está sendo suficiente para acomodar os preços pois a mesma também sofreu com problemas climáticos e consequente redução da produção.
Além do mercado interno, o cenário de dólar, baixos estoques globais e expectativas sobre as safras dos EUA e da Argentina também trazem firmeza ao mercado do cereal.
Os preços do milho devem seguir registrando novas valorizações até uma melhor definição do tamanho da 2ª safra. Os contratos futuros na B3 registraram fortes altas nos últimos dias superando os 3% ao dia, com os preços chegando à casa dos R$ 96,00/sc para maio/21. O indicador do milho em Campinas/SP essa semana registrou valorização de 3,7%, superando os R$ 89,00/sc.
Mesmo com a melhora nos preços da @ do boi gordo no mercado futuro, a relação de troca entre boi gordo e milho está registrando os piores patamares e reduzindo de forma significativa o poder de compra do pecuarista, sendo necessária a adoção de estratégias de compra de cereal com o intuito de garantir disponibilidade de produto e obter melhores margens na atividade.
Para aqueles que ainda não detêm nenhum estoque feito para o 2º semestre e vê possibilidade de retorno na atividade pecuária com o milho em São Paulo acima dos R$ 86,00/sc, o ideal é garantir a compra de ao menos 50% da necessidade para este período. Para o consumo imediato (até o fim do primeiro semestre), o ideal é garantir ao menos 90% da necessidade deste período, pois não há perspectivas de desvalorização do milho nos próximos meses.

 

 

5. O destaque da semana
O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços divulgou na semana passada os dados detalhados das exportações brasileira de carne bovina no mês de fevereiro/21. Foram 102,12 mil toneladas de proteína bovina in natura enviadas para fora do país no mês passado, 4,85% a menos do que em janeiro/21.
Apesar da queda no comparativo total mensal, a menor quantidade de dias úteis do último mês interferiu diretamente no desempenho. Não à toa ao se comparar o volume médio diário de fevereiro/21 nota-se um crescimento de 5,73% em relação a janeiro/21, saindo das 5,37 mil toneladas/dia e atingindo o patamar de 5,76 mil toneladas/dia.
O fortalecimento dos embarques nas duas últimas semanas do mês passado foram cruciais para que um panorama positivo voltasse a se instalar sobre as cotações do boi gordo. Entre o dia 12/02/2021 (período que os embarques ainda estavam fracos) e a última sexta-feira o preço do contrato de boi gordo na B3 para maio/21 registrou valorização de 6,18%, demonstrando que o crescimento das exportações unido ao dólar deu mais previsibilidade para o desempenho do boi gordo nos próximos meses.
Além disso, vale o destaque para a China, que foi responsável por 55% desses embarques, levando pouco mais de 56,41 mil toneladas de proteína bovina do Brasil no último mês. Este é o maior montante importado pela China do Brasil em um mês de fevereiro. O encerramento do ano novo chinês junto a necessidade de recomposição de estoques trouxe os chineses para a mesa de negociação.
Ainda que estejamos nos recuperando, o problema da escassez de bovino ainda é latente na pecuária de corte brasileira. O Brasil está observando um crescimento no volume importado de proteína bovina nos últimos meses, foram 3,96 mil toneladas trazidas de fora do país no mês de fevereiro/21, o maior volume desde 2016 e 58,35% a mais do que em fevereiro/20.
Por isso, destacamos que as exportações ainda funcionarão como uma válvula de escape para que o boi gordo atinja novos patamares de preço, mas a oferta restrita é o que impõe uma grande dificuldade para que as cotações não recuem abaixo dos valores atuais.
6. E o que está no radar?
O mercado atacadista de carne bovina conseguiu consolidar uma alta sobre a carcaça casada. O recebimento do salário (e consequentemente maior apetite dos consumidores) em conjunto com a originação dificultada deram o tom dos negócios e foram suficientes para que os frigoríficos emplacassem um aumento de 3,3% sobre a proteína bovina, chegando aos R$ 18,60/kg.
Tal patamar dá uma maior sobrevida as indústrias frigoríficas, que, diante dos atuais preços do boi gordo sofrem com margens negativas de comercialização da carne. Com o dólar fechando a semana acima dos R$ 5,70, os frigoríficos que detêm mercado e habilitação para trabalhar a exportação é que trabalham com mais conforto. O preço da proteína bovina enviada para fora do país já rompe os R$ 25,00/kg.
Com a valorização observada no mercado futuro na última semana, o boi gordo perdeu um pouco da sua potência de alta. A tendência é que os preços no mercado físico se aproximem dos R$ 305,00/@, mas as negociações na B3 podem encontrar um mercado mais travado a partir desta semana. Tal panorama pode se alterar caso o dólar venha a surfar em maiores valorizações e ultrapasse os R$ 5,80. Desta forma, o mercado de exportação ganharia mais força e assim, os animais com tipificação de carcaça para exportação seriam ainda mais valorizados.
A segunda semana de março/21 deve continuar ditada pela escassez de oferta que mantem as cotações acima dos R$ 300,00/@, mas de olho no comportamento do dólar.