A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) convocou uma reunião de emergência para avaliar o surto de peste suína africana na China, buscando evitar que a doença se espalhe para outras regiões da Ásia, segundo comunicado da FAO divulgado na quinta-feira (06).
A China é responsável por metade da produção mundial de suínos e é também o maior consumidor de carne suína do mundo. A febre suína africana não é um perigo para a saúde humana mas é praticamente fatal para a população de suínos atingida, segundo a FAO.
Cerca de 40 mil suínos contaminados já foram abatidos pelas autoridades na China desde que o primeiro caso da doença foi confirmado no início de agosto, para evitar que a contaminação se espalhe.
“É fundamental que esta região esteja pronta para a possibilidade real de que a febre suína africana atravesse a fronteira para outros países”, disse o gerente do Centro de Emergência da FAO para Doenças Transfronteiriças em Animais na Ásia, Wantanee Kalpravidh.
“É por isso que esta reunião de emergência foi convocada – para avaliar onde estamos agora – e para determinar como podemos trabalhar juntos em uma resposta coordenada e regional a esta situação grave.”
Veterinários epidemiologistas, especialistas laboratoriais e técnicos em regulação para prevenção de doenças de dez países próximos da China participam do encontro emergencial da FAO, em Bangkok, Tailândia, até esta sexta-feira (07). Especialistas de outras regiões do mundo e representantes do setor privado também são esperados nas reuniões.
A China é um dos principais compradores da carne suína brasileira e tem elevado as importações do produto neste ano. Somente nos primeiros sete meses de 2018, os chineses aumentaram o volume de compras de carne suína brasileira em 203%, na comparação com o mesmo período do ano passado, segundo informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).