De acordo com os dados divulgados nesta quarta feira, 15 de maio, a oscilação positiva de US$ 30,42 bilhões deste quadrimestre em relação aos US$ 30,35 bilhões exportados nos primeiros quatro meses do ano passado ocorreu função da elevação do índice de quantum das exportações, que subiu 5,9%, enquanto o índice de preço cedeu 5,4%.

O Banco Mundial ainda apontou que os preços das commodities agropecuárias subiram 0,82% neste ano, entre dezembro e abril. A soja em grão que tem peso de 4% no índice do banco e que representou 31,2% do valor total exportado em produtos do agronegócio nesses quatro primeiros meses do ano teve a cotação no mercado mundial em queda de US$ 380,53 por tonelada para US$ 360,34, no período.

Por outro lado, houve queda das importações: de US$ 4,91 bilhões, entre janeiro e abril, para US$ 4,79 bilhões (-2,5%). No índice de preço dos produtos importados também houve queda, de 1,8%, e de 0,7%, no índice de quantum das importações. O trigo, que é o principal produto importado pelo Brasil, teve queda na cotação internacional.

Soja representa 37,9%

Os cinco principais setores exportadores do país foram responsáveis por 79,8% do valor total exportado em produtos do agro no quadrimestre. No mesmo período do ano passado, esses setores responderam por 77,2% do valor total exportado.

Aqui os números de cada setor: complexo soja (37,9%); produtos florestais (15,8%); carnes (15,3%); café (5,7%); cereais, farinhas e preparações (5,1%). O complexo sucroalcooleiro deixou o rol dos cinco principais setores exportadores neste ano.

Complexo soja continua sendo o principal segmento das exportações. As vendas externas desses produtos foram de US$ 11,52 bilhões, em queda de 0,6% em relação aos US$ 11,59 bilhões exportados no mesmo período de 2018.

As exportações de soja em grãos foram recordes, com US$ 9,50 bilhões (+2,9%), e elevação da quantidade exportada de 23,5 milhões de toneladas para 26,32 milhões de toneladas (+12,0%), que também se configurou numa quantidade recorde de embarque de soja em grão.

O segundo principal segmento exportador foi o de produtos florestais. As vendas externas se elevaram de US$ 4,64 bilhões entre janeiro e abril de 2018 para US$ 4,82 bilhões no mesmo período neste ano (+3,7%). O principal produto exportado é a celulose, com US$ 3,01 bilhões (+8,5%), cifra recorde da série histórica.

Desempenho positivo das carnes

As carnes registram alta de 3% com valor total de US$ 4,64 bilhões. A principal carne exportada foi a de frango. Foram vendidas ao exterior US$ 2,08 bilhões com expansão na quantidade (+0,6%) e no preço médio (+4,2%). As exportações de carne bovina foram de US$ 2,01 bilhões (+3,2%). O volume exportado foi o segundo melhor da série histórica, com 537,9 mil toneladas (+11,7). Somente em 2007 o Brasil exportou quantidade maior no primeiro quadrimestre, quando chegaram a 562,8 mil toneladas. A queda internacional do preço (-7,6%) impediu incremento maior do valor exportado.

As vendas externas de carne suína foram de US$ 414,12 milhões (+3,8%) enquanto a de peru teve desempenho negativo (-56,4%), com US$ 20,48 milhões em exportações. Trata-se do pior valor exportado neste século, no período em análise, para as exportações de carne de peru.

Quase metade vai para Ásia

As exportações do agro cresceram para blocos econômicos e regiões geográficas: Ásia (+4,1%); Oriente Médio (+14,1%); Europa Oriental (+20,2%); demais da Europa Ocidental (+1,1%); e Oceania (+47,1%).

O destaque ficou por conta da Ásia, região que adquiriu quase metade do valor exportado pelo Brasil em produtos do agronegócio. As vendas para a região chegaram quase a US$ 14,92 bilhões (+4,1%). Com tal crescimento, a participação da região aumentou 1,9 ponto percentual.

Portal DBO com informações do Mapa