Durante as duas últimas semanas de nov/22 foram exportadas 50,45 mil toneladas de carne bovina in natura, uma média de 6,31 mil t/dia, queda de 23,08% ante a média diária da primeira quinzena do mês. Com isso, os envios de nov/22 totalizaram 148,84 mil toneladas (o terceiro melhor novembro da história), resultando em uma média de 7,44 mil t/dia, 25,0% inferior a média diária de out/22, sendo esse o menor volume de embarques diários em um mês desde jun/22.
O preço médio da proteína bovina ficou em US$ 5,23 mil/t, queda mensal de 10,7%, o menor patamar desde jan/22. Com isso, as vendas do produto para o mercado internacional em nov/22 geraram um faturamento de US$ 778,05 milhões, queda de 29,5% ante out/22, no entanto, quando se compara ao mesmo período no ano passado, momento em que os embarques para a China estavam paralisados, as exportações de nov/22 foram 94,35% superiores.
Ou seja, com esse resultado fica claro a redução de apetite dos importadores internacionais pela carne bovina brasileira nos últimos meses, em linha com o que vinha sendo relatado nos últimos meses sobre a redução nas ofertas dos chineses. Ainda assim, os resultados são bons quando se compara aos meses de novembro anteriores.
Durante as duas últimas semanas de nov/22 foram exportadas 2,57 milhões de toneladas de milho, uma média de 321,02 mil t/dia, 10,36% superior a média diária da primeira quinzena do mês. Os embarques de nov/22 totalizaram 6,06 milhões de toneladas, uma queda de 15,8% no comparativo mensal, mas ainda assim atingindo o recorde de volume embarcado em um mês de novembro. Com esse resultado, as exportações de 2022 já são as maiores registradas em um ano na história.
O preço médio do cereal ficou em US$ 287,42/t, valorização de 0,9% no comparativo mensal. Com isso, as vendas externas de milho em nov/22 geraram uma receita de US$ 1,74 milhão, volume 3,4 vezes superior ao arrecadado com os negócios em nov/21, quando o grão estava sendo cotado a um valor 25,4% inferior.
Já a importação do milho dos últimos oito dias úteis de nov/22 ficaram em 127,30 mil toneladas, uma média de 15,91 mil t/dia, 8,1% superior a média diária registrada na primeira quinzena do mês. Com isso, chegaram ao país 303,97 mil toneladas do cereal em nov/22, volume 13,4% inferior quando comparado a out/22 e 51,1% de queda quando comparado a nov/21.
O preço médio de compra do cereal ficou em US$ 231,30/t, valorização de 1,6% no comparativo mensal. Portanto, para as compras internacionais de milho foram investidos US$ 70,31 milhões, montante 53,6% inferior ao destinado aos negócios no mesmo período em 2021, quando a tonelada do produto tinha o preço médio de US$ 244,01.
Durante os últimos 8 dias úteis de nov/22 foram exportadas 966,33 mil toneladas de soja, resultando em uma média de 120,79 mil t/dia. Dentro do mês de novembro/22 foram embarcadas 2,64 milhões de toneladas, um volume 35,01% menor em comparação ao total embarcado no mês anterior, e 2,08% maior do que o total embarcado em nov/21, sendo o maior volume embarcado em novembro desde 2020.
O preço médio da oleaginosa ficou registrado em US$ 611,72/t, apresentando desvalorização de 0,19% no comparativo mensal. Dessa forma, as vendas externas da soja geraram uma receita de US$ 1,62 bilhão em nov/22, o que representa um faturamento 22,25% maior do que o de nov/21, quando o preço médio da tonelada da soja estava 16,52% abaixo do atual.
Agrifatto