Caroline Matos é zootecnista e trainee pela Agrifatto
Yago Travagini é economista e consultor pela Agrifatto
Os envios de carne bovina in natura encerraram agosto com recorde para o mês, com 163,22 mil toneladas embarcadas ao exterior, gerando uma receita de US$ 654,24 milhões. Com a desaceleração de 5,13% da média diária, não foi possível alcançar o recorde de outubro do ano passado.
A média diária ficou em 7,77 mil toneladas/dia, um avanço 5,62% quando comparado ao mês de julho e na comparação anual a alta foi de 26,76%. Como relatado anteriormente, o valor da tonelada vem sofrendo pressão negativa, com isso o preço médio da tonelada girou em torno de US$ 4.008,30, marcando uma queda de 1,79% ante julho/20 e baixa de 3,97% quando comparado ao mesmo período do ano passado.
As exportações de milho fecharam o mês de agosto/20 em lentidão, já que a média diária recuou pela segunda semana consecutiva, fechando o mês com 308,82 mil toneladas/dia, 7,21% a menos do que o registrado no mesmo período do ano passado. O total embarcado no mês chegou a 6,49 milhões de toneladas, 56% a mais que em julho/20, mas ainda abaixo do de agosto/19.
A receita obtida com as vendas externas de milho ultrapassou os US$ 1 bilhão, estabelecendo uma média diária de US$ 49,97 milhões, 11,78% menor que a média diária de agosto/19. Os números demonstram uma aceleração nos embarques de milho para fora do país, no entanto, mais lento que o esperado, e aumentando a possibilidade de que o total exportado no ano safra não ultrapasse 33 milhões de toneladas.
Com cada vez menos oleaginosa disponível, os embarques de soja para fora do país fecharam o mês de agosto/20 com o menor volume dos últimos seis meses, com um montante de 6,23 milhões de toneladas embarcadas. Apesar do recuo frente os meses de 2020, a média diária do mês de agosto/20 ficou 30,47% acima do que fora registrado em agosto/19, atingindo o segundo maior nível de história.
Esse volume exportado gerou uma receita de US$ 2,20 bilhões, 25% a mais do que fora obtido no mesmo período do ano passado. Com cada vez menos grão disponível no mercado interno, e a disputa com as esmagadoras aumentando, a tendência é que o volume exportado só diminua até dezembro/20.