A segunda edição do informativo sobre comércio exterior da piscicultura comprova as oportunidades de crescimento da atividade, com crescimento de 33% no índice de exportações brasileiras no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período de 2019.
A análise é realizada pela Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR) em parceria com a Embrapa Pesca e Aquicultura. Os números são da Comex Stat, portal de dados ligado ao Ministério da Economia.
“Esse avanço significou, financeiramente, um salto de US$ 4,1 milhões para US$ 5,5 milhões. A tilápia se mantém no posto de espécie mais exportada e é responsável por 86% da movimentação”, disse o presidente-executivo da Peixe BR, Francisco Medeiros, em nota.
“Precisamos destacar o preço médio da categoria tilápias inteiras frescas ou refrigeradas, que chegou a US$ 6,76/kg de abril a junho deste ano. Diferente de outros produtos que viram seu valor diminuir na comparação com o primeiro trimestre”, afirmou o presidente.
A lista de países importadores segue liderada pelos Estados Unidos, com US$ 926 mil, mas 49% a menos do que o registrado no primeiro trimestre do ano. “A justificativa para a redução se deve principalmente pela escassez de transporte aéreo, que encareceu muito o frete. Também houve o aumento da demanda interna brasileira”, explicou.
Medeiros lembrou ainda que o Chile se destacou como mercado importador, ficando em segundo lugar, seguido pela China. “O crescimento foi de 263%, número que marca o início das exportações para o país, concentradas apenas em óleos e gorduras. Financeiramente, foi responsável pela movimentação de US$ 368 mil. Já a China, em terceiro lugar, comprou US$ 195 mil em subprodutos que não são para consumo humano.”
Entre os estados que mais exportam, Mato Grosso do Sul permanece a frente apesar da queda de mais da metade das exportações no segundo trimestre, seguido por Santa Catarina, que somou US$ 417 mil, valor 49,7% superior ao registrado no primeiro trimestre.
“Os números nos mostram a capacidade e credibilidade da nossa atividade no mercado internacional. O caminho agora é aperfeiçoar nossos pontos estratégicos e melhorar o marketing dos nossos produtos de piscicultura”, disse o dirigente. (CarneTec)