(Reuters) – As exportações brasileiras de carne de frango caíram 8,5 por cento no acumulado do ano até maio, com o maior exportador mundial sendo atingido por embargos comerciais impostos pela União Europeia, disse a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) nesta quinta-feira.
O volume de frango exportado no período foi de 1,6 milhão de toneladas, ante 1,75 milhão nos mesmos meses de 2017.
A ABPA informou que a receita de exportação caiu 12,3 por cento, para 2,6 bilhões de dólares, na mesma comparação.
Os embarques para a União Europeia caíram cerca de 40 por cento, disse a ABPA. O Brasil vendeu 92,5 mil toneladas para a UE no período, abaixo das 151,8 mil toneladas um ano atrás. Também houve queda nas vendas para Arábia Saudita e Rússia, disse a ABPA, sem especificar as razões.
A União Europeia suspendeu em abril as importações de proteínas brasileiras, principalmente aves, em uma decisão que afetou 20 unidades no país, sendo 12 da gigante BRF.
Bruxelas relacionou a proibição a “deficiências detectadas no sistema de controle oficial brasileiro” depois que uma investigação de empresas locais e autoridades de saúde descobriu que elas conspiravam para burlar a qualidade e as verificações de segurança.
O Brasil vende carne de frango a 150 destinos, e as compras para da União Europeia representaram cerca de 7,5 por cento do total embarcado pelo país no ano passado.
A ABPA disse que os volumes de exportação podem cair ainda mais depois que uma greve de 11 dias de caminhoneiros no mês passado bloqueou as estradas do Brasil e interrompeu severamente o fluxo de mercadorias para os mercados e portos.
Somente em maio, houve uma queda de 4,7 por cento no volume de frango enviado para fora do Brasil, para 333,2 mil toneladas.