O crescimento nas exportações de carne bovina e suína do Brasil abriu espaço para frango no mercado doméstico, avalia o presidente da JBS América do Sul, Wesley Batista Filho. Em teleconferência com analistas para comentar resultados trimestrais, ele destacou que as perspectivas para o ano que vem ainda dependem da safra de grãos. “Precisamos entender a safrinha e as informações, como vão vir”, diz.
Ainda em relação ao Brasil, o CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, ressalta que há oportunidade para crescimento da Seara no País. No terceiro trimestre de 2019, a receita líquida da Seara totalizou R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 7,4% em relação ao registrado um ano antes, resultado de um aumento de 9,9% dos preços de venda e de uma redução de 2,3% do volume total comercializado.
No mercado interno, a receita líquida cresceu 6,9%, totalizando R$ 2,7 bilhões, em virtude de um aumento de 8,6% no preço médio de vendas na variação anual, com volumes 1,5% menores. Já a categoria de produtos processados registrou avanço em volume e preços, de 4,1% e 6,3%, respectivamente.
No mercado externo, a receita líquida somou R$ 2,6 bilhões, um crescimento de 8%, por causa de um aumento de 11,3% do preço médio de vendas e de uma redução de 3% do volume exportado, resultante de uma queda de 6,6% do volume de carne de frango. Carne suína, por sua vez, registrou um expressivo aumento de 19% no volume exportado e de 35,3% no preço médio de venda em reais. Vale ressaltar que as vendas de frango e carne suína da Seara para a China registraram crescimento da receita em dólar de 46%.
Na área de bovinos, a companhia continua otimista com a geração de margens positivas, mesmo mediante os sucessivos aumentos no preço do gado, destacaram os executivos na teleconferência. (AE)