As exportações de carne bovina brasileira devem subir entre 4% e 5% em volume neste ano, em relação a 2021, disse o analista do Rabobank Brasil na área de proteína animal, Wagner Yanaguizawa, em podcast divulgado pelo banco na semana passada.
Já as exportações de carnes de frango e suína devem subir entre 1% e 2% em volume.
“O Brasil deve se manter competitivo no mercado internacional. A queda de demanda da China tem possibilitado aumento da participação de outros mercados (nas exportações brasileiras)”, disse Yanaguizawa.
O volume de produção de carne bovina brasileira deve subir de 1% a 2% em 2022. A produção de carne suína deve aumentar 2,5% e a de carne de frango, 1,5%.
A oferta de grãos, eventos climáticos, variações cambiais, barreiras comerciais, situação da pandemia, peste suína africana e gripe aviária são alguns dos fatores que poderão impactar os preços e a produção.
As limitações de mão de obra em outros países produtores de proteína animal também poderão gerar maior competitividade para o Brasil nos mercados de exportação, segundo Yanaguizawa.
No mercado doméstico, a carne de frango deve manter-se como a mais consumida.
O analista espera leve recuperação da demanda doméstica por carne bovina, após quedas no consumo interno nos anos recentes, já que o arrefecimento nos preços da arroba e a alta nos custos de grãos usados na alimentação de frangos e suínos poderão melhorar a competitividade da carne bovina em relação às concorrentes.
(Carne Tec)