A pandemia do coronavírus voltou a atingir a União Europeia com uma segunda onda, previamente prevista mas já instalada, que obriga os países a agirem, como na França, onde o governo determinou o toque de recolher.
Mais uma vez, o vírus monta um cenário desafiador no mercado que, como um todo, embora em baixos volumes, paga mais pela carne paraguaia.
O gerente da Câmara Paraguaia da Carne (CPC), Daniel Burt, confirmou ao portal Valor Agro que “na verdade os importadores europeus não estão comprando carne bovina”, explicou que essa realidade começou a se manifestar nas últimas duas semanas.
A segunda onda atingiu a comunidade europeia após alguns meses de um novo normal durante o verão.
A República Tcheca, Bélgica, Holanda, França, Reino Unido e Espanha registraram o maior número de casos acumulados nos últimos 15 dias, e na Suíça, que foi pouco afetada pela pandemia durante a primavera, é o país de continente onde a doença avançou mais rapidamente na semana passada, disse a AFP.
Holanda, Suíça e Reino Unido fazem parte da carteira de clientes dos exportadores de carnes paraguaios.
Burt comentou, consultado pelos preços de compra, que os importadores europeus “não estão passando referências”, em um Hilton que antes negociava perto de US $ 8 mil a tonelada.
A segunda onda preocupa também os exportadores vizinhos, é o caso da Argentina e do Uruguai, dois países que têm presença importante com o Hilton e 481 cotas.
O presidente da Associação Uruguaia da Indústria Frigorífica (Adifu) e CEO da Marfrig para o Cone Sul, Marcelo Secco, garantiu à Radio Carve do Uruguai que o mercado comunitário é “muito inerte e recessivo para fixar preços”. (El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint)