A fabricante norte-americana de álcoois especiais e ingredientes essenciais Alto Ingredients (antiga Pacific Ethanol) registrou prejuízo líquido de US$ 20,5 milhões, ou US$ 0,30 por ação, no quarto trimestre de 2020, informou a companhia. O prejuízo é 50,5% menor do que o verificado em igual período do ano anterior, de US$ 41,4 milhões, ou US$ 0,85 por ação. O resultado do quarto trimestre do ano passado inclui uma baixa contábil de US$ 24,4 milhões, referente à redução do valor de certos ativos, disse a empresa. A receita líquida diminuiu 52,8%, para US$ 168,8 milhões.
O Ebtida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de US$ 16,4 milhões no quarto trimestre de 2020, em comparação a US$ 1,9 milhão um ano antes.
“Em 2020, aumentamos significativamente a produção de alcoóis especiais, reduzimos o impacto de operações não lucrativas de combustíveis, com a paralisação ou venda de ativos, e reduzimos as despesas operacionais e gerais”, disse em comunicado o CEO da Alto, Mike Kandris.
No fim de outubro do ano passado, a companhia, que fabricava principalmente biocombustíveis, anunciou que mudaria seu foco para álcoois especiais e ingredientes essenciais, como parte de um plano de realinhamento estratégico. Kandris disse na ocasião que desde a aquisição da Illinois Corn Processing, em 2017, a empresa vinha fazendo investimentos para se concentrar em álcoois especiais e ingredientes essenciais, que são usados em produtos de consumo como bebidas alcoólicas, produtos de higiene pessoal, desinfetantes, produtos de limpeza e produtos farmacêuticos.
Segundo a empresa, em 2019 seu mix de produção ficou em aproximadamente 85% para etanol combustível e 15% para álcoois especiais. No terceiro trimestre do ano passado, esse mix ficou em cerca de 50%/50%.
A Alto Ingredients se concentra em quatro mercados principais: Saúde, Casa e Beleza; Alimentos e Bebidas; Ingredientes Essenciais; e Combustíveis Renováveis.
No ano passado, a companhia suspendeu a produção de etanol combustível em três destilarias, por causa da menor demanda decorrente das medidas restritivas para conter a propagação do novo coronavírus. (AE)