O presidente Donald Trump anunciou neste domingo (25), durante o G7, na França, que chegou a um pré-acordo comercial com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, que deverá ser assinado no mês que vem em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU.

O representante comercial da Trump, Robert Lighthizer, disse que o acordo poderá abrir os mercados para mais de US$ 7 bilhões em mercadorias e engloba agricultura, tarifas industriais e comércio digital.

O presidente dos EUA disse que Abe concordou que o Japão comprará o excesso de milho dos EUA. Abe disse que a compra “potencial” do milho norte-americano garante que tais compras sejam realizadas pelo setor privado.

“É um acordo muito grande que abrange os setores de agricultura e comércio digital”, disse Trump a repórteres durante uma reunião com o primeiro-ministro japonês.

“Chegamos a um consenso após intensas negociações”, confirmou Abe, afirmando que ainda há “um pouco de trabalho” para finalizar o acordo.

Donald Trump e Shinzo Abe mantêm um bom relacionamento, mas o presidente dos EUA tem repetidamente criticado “o enorme desequilíbrio comercial bilateral” em benefício do Japão e pediu relações “mais justas”.

Tóquio e Washington concordaram no final de junho que passariam a acelerar as discussões. Os negociadores de ambos os países, Toshimitsu Motegi e Robert Lighthizer, concordaram, em particular, com a redução das tarifas de Tóquio sobre carne bovina e suína americanas, de acordo com a televisão pública japonesa NHK e vários jornais nacionais.

Já os Estados Unidos vão cancelar suas tarifas sobre um número significativo de produtos industriais do Japão, excluindo o setor automobilístico por enquanto – nesse caso, haverá negociações subsequentes, segundo a NHK.

Para Tóquio, seria uma decepção relativa, já que quer evitar, a todo custo, a taxação sobre seus carros exportados para os Estados Unidos.