A indústria de carne dos EUA recebeu com grande satisfação a indicação de um novo acordo comercial entre o governo norte-americano e o Japão.
Segundo avaliação de representantes do setor produtivo, em caso de aprovação, o acordo “nivelará o campo de jogo” contra os principais concorrentes internacionais dos EUA, informou o portal da GlobalMeatNews.
O presidente dos EUA, Donald Trump, e o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, anunciaram o suposto acordo comercial no último domingo, durante a cúpula do G7, na França, com planos para formalizá-lo em setembro próximo, em Nova York. A nova parceria, se finalizada, esfriaria a atual disputa comercial entre os dois aliados.
Sobre os planos de um novo acordo comercial, o secretário de Agricultura dos EUA, Sonny Perdue, disse: “O Japão é um mercado significativo para as exportações agrícolas dos Estados Unidos. Após a remoção de barreiras comercias, poderemos vender mais ao mercado japonês e, ao mesmo tempo, competiremos em condições de igualdade com os nossos concorrentes”.
O Instituto Norte-Americano de Carne (NAMI, na sigla em inglês) também saudou o eventual acordo comercial. “Aplaudimos a iniciativa do governo Trump, que irá favorecer o ingresso das nossas carnes (bovina e suína) no mercado japonês”, disse a CEO da entidade, Julie Anna Potts.
O setor avícola também elogiou o acordo. “Frango congelado, peru e ovos processados sofrerão reduções tarifárias favoráveis, permitindo que os nossos produtos concorram com mais eficiência”, disseram representantes deste segmento;
Segundo o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, o acordo cobria setores da agricultura, tarifas industriais e comércio digital. As tarifas de automóveis permaneceriam inalteradas. Ele afirmou ainda que carne bovina, suína, trigo, laticínios, vinho e etanol se beneficiariam com o novo acordo. “Esse entendimento levará a reduções substanciais nas tarifas e barreiras não-tarifárias em todo o mundo”, enfatizou.
Lighthizer também informou que o Japão importa cerca de US$ 14 bilhões em produtos agrícolas dos EUA. Com o suposto acordo, o país asiático abriria mercados para mais de US$ 7 bilhões desses produtos, acrescentou. (com GlobalMeatNews e Reuters).