Os Estados Unidos podem ter frustrada a expectativa de safra recorde de milho 2020/21, afirma o Commerzbank. Em comentário enviado a clientes nesta segunda-feira, a analista de commodities agrícolas do banco alemão, Michaela Kühl, afirma que os danos provocados por tempestades recentes em Iowa e a seca que domina grande partes do Meio-Oeste americano, entre outros fatores, fizeram com que boa parte dos participantes do mercado repensassem posicionamentos para curto prazo em relação à safra que era prevista.
“Depois de inspecionar campos em oito Estados [americanos], a consultoria Pro Farmer previu um rendimento médio de milho de 177,5 bushels por acre, o que é significativamente menor do que 181,8 bushels por acre previstos antes da tempestade pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)”, afirma a analista do banco alemão. “Consequentemente, a Pro Farmer também espera um volume de safra menor”, acrescenta.
Embora a safra de milho dos EUA em 2020/21 ainda seja a segunda maior de todos os tempos, com 376,4 milhões de toneladas, estaria bem abaixo do estimado pelo USDA antes das tempestades. Na semana até 18 de agosto, imediatamente após o fenômeno climático, eles reduziram suas posições vendidas líquidas para o nível mais baixo desde abril, afirma Michaela Kühl.
Ainda de acordo com a analista do Commerzbank, no caso da soja, a estimativa de safra da Pro Farmer de 118,7 milhões de toneladas está apenas um pouco abaixo do número do USDA, de 120,4 milhões de toneladas. No entanto, esse número é resultado de pedidos contínuos da China que estão fazendo muitos países produtores manterem a expectativa de elevação de preços. (AE)