Os estoques de carne suína congelada dos Estados Unidos recuaram em abril, mês em que costumam crescer, e as reservas da proteína bovina tiveram queda maior que o normal no período, à medida que a pandemia de coronavírus fecha unidades de processamento e força a limitação de compras por consumidores, mostraram dados do governo nesta quinta-feira.
Cerca de 20 frigoríficos foram fechados no mês passado nos EUA, enquanto consumidores estocavam alimentos durante os lockdowns relacionados à pandemia. O presidente Donald Trump ordenou que as unidades permanecessem abertas após empresas alertarem para a escassez de oferta.
Os estoques totais de carne de suína congelada caíram em cerca de 2 milhões de libras-peso em abril, para 614,8 milhões de libras-peso, na comparação com o mês anterior, segundo dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês).
Normalmente, as ofertas têm alta de 27 milhões de libras-peso entre março e abril, de acordo com Rich Nelson, estrategista-chefe da corretora Allendale.
Já os estoques totais de carne bovina do país recuaram em cerca de 12 milhões de libras-peso no mês passado, atingindo 490 milhões de libras-peso e superando o declínio médio de cerca de 6 milhões de libras-peso visto entre março a abril.
“Havia uma expectativa de uma queda moderada para a carne suína”, disse Nelson. “Não foi nada como uma catástrofe.”
Grande parte da carne congelada dos EUA é destinada aos mercados de exportação, e não aos supermercados norte-americanos, segundo analistas.
A China tem sido uma importante compradora de carne suína dos EUA neste ano, mas cancelou aquisições de 12.561 toneladas na semana passada, segundo dados divulgados à parte pelo USDA. Ainda assim, as exportações do produto dos EUA para a China seguiram fortes, com 19.808 toneladas embarcadas. (Reuters)