Gustavo Machado é consultor de mercado pela Agrifatto
Desde o início do ano as programações de abates nas principais praças produtoras se mostram estreitas. Com exceção do Paraná, praticamente todos as outras regiões exibiram médias em torno de 6 dias úteis de abate desde início de 2018.
Mesmo considerando tal conjuntura, o que se observa é uma pressão negativa aos preços durante este mesmo período, já que a demanda interna enfraqueceu, dando espaço à queda de preços da carne no atacado.
Mas a principal questão neste momento é a alta sazonal do consumo interno pelo início do mês juntamente com o carnaval seria suficiente para impulsionar os preços pecuários em fevereiro.
Em São Paulo a referência segue em torno de R$ 144,80∕@ à vista e livre de Funrural, com programações de abate que atendem por volta de 5 dias úteis, duração também verificada em Goiás e Minas Gerais.
Mato Grosso, Rondônia e Pará registram 4 dias úteis, em média, e apesar de apresentarem programações estreitas, as cotações nesses estados seguem estáveis ou ainda variam para baixo levemente em 1% na comparação semanal.
Mato Grosso do Sul e Tocantins seguem com melhor disponibilidade de bovinos terminados e escalas em torno de 7,5 dias úteis.
No atacado as proteínas animais registraram queda ao longo de janeiro.
A carcaça casada bovina caiu quase 10%, puxando o spread das indústrias a patamares negativos neste período (a diferença entre o preço da carne vendida no atacado e do preço pago pela arroba bovina), movimento que não era observado desde novembro de 2016.
Hoje, a carcaça casada bovina registrou R$ 9,30/kg. Respectivamente, o frango resfriado e a carcaça especial suína contaram com médias de R$ 3,25/kg e de R$ 5,54/kg, uma leve alta em relação a sexta-feira.