CHICAGO (Reuters) – As exportações de carne de porco dos Estados Unidos para a China avançaram na semana passada para seu maior nível em pelo menos dez meses, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Agricultura dos EUA (USDA, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.

A China tem enfrentado problemas de produção e altos preços domésticos da carne após a peste suína africana matar cerca de metade de sua criação de porcos, a maior do mundo, no último ano e meio.

Os embarques de carne suína dos EUA totalizaram 15.282 toneladas na semana até 12 de dezembro, maior nível pelo menos desde fevereiro, apontaram os dados do USDA.

No entanto, os números divulgados na semana de 14 de fevereiro, de 17.215 toneladas, incluíram dados de diversas semanas anteriores, que não haviam sido reportados devido a uma paralisação do governo, o que faz com que a máxima atual possivelmente remeta a um período ainda mais distante.

É possível que os EUA continuem a capturar uma grande parcela da demanda chinesa pela proteína, já que autoridades norte-americanas afirmaram que um acordo comercial interino entre os países, anunciado na semana passada, inclui uma promessa de Pequim de comprar de 40 bilhões de dólares a 50 bilhões de dólares por ano em produtos agrícolas dos EUA.

Analistas e operadores dos mercados de commodities afirmam que as importações de carnes podem ajudar a China a atingir a ambiciosa meta.

O USDA disse ainda que importadores chineses compraram na semana passada 5.940 toneladas de carne suína norte-americana para embarque até o final deste ano, mas cancelaram uma compra anterior de 4.238 toneladas, que possuía embarque agendado para 2020.

Enquanto isso, as exportações de soja dos EUA para a China na semana passada totalizaram 689.575 toneladas para embarque no ano comercial de 2019/20, iniciado em 1º de setembro, o que representa uma máxima de três semanas, apontou o USDA.

Por meio de seu sistema diário de divulgações, a agência também confirmou nesta quinta-feira vendas de 126 mil toneladas de soja para a China, ratificando o que foi noticiado pela Reuters na véspera.