As praças acionárias europeias encerraram a semana com perda de aproximadamente 1,5 trilhão de dólares em valor de mercado, em seu pior desempenho semanal desde a crise financeira de 2008, com a rápida expansão do coronavírus fora da China ditando vendas devido ao medo de uma recessão.

O índice pan-regional STOXX 600 caiu 3,5% apenas nesta sexta-feira, afundando ainda mais no território de correção, com tombo acumulado de 13,2% em relação à máxima recorde alcançada na quarta-feira da semana passada.

Todos os subsetores europeus ficaram no vermelho, com produtos químicos, seguros e telecomunicações liderando as quedas do dia, em baixa de mais de 4% cada.

As ações de viagens e lazer tiveram desempenho inferior a seus pares por ampla margem ao longo desta semana, com queda de 18%. As companhias aéreas foram as mais atingidas.

As ações listadas em Milão recuaram 3,6%. O número de pessoas infectadas na Itália, o país mais atingido da Europa, ultrapassou 850 nesta sexta-feira.

As ações alemãs recuaram 3,9%, com o número de casos no país subindo para 60.

Embora investidores tenham elevado apostas de que os juros na zona do euro serão cortados já em junho, como resposta ao vírus, dois diretores do Banco Central Europeu (BCE) disseram nesta sexta-feira que o banco não precisa tomar ações imediatas contra a epidemia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que o vírus tem potencial pandêmico, e a agência de classificação Moody’s disse que o surto provocaria uma recessão global no primeiro semestre do ano. (Reuters)