Em 2023, o inverno será mais úmido do que o padrão sobre o Centro-Sul do Brasil, reflexo dos efeitos do fenômeno El Niño. O destaque de chuvas acima da média são os três estados da região Sul — Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná —, além de algumas áreas de São Paulo e Mato Grosso do Sul.
Por um lado, a umidade vai amenizar a estiagem no Rio Grande do Sul, que sofre há três anos com a secura causada pelos efeitos do La Niña, e recupera também níveis de reservatórios, já que a chuva será frequente e intensa. Porém, isso vai deixar o processo de colheita mais lento, especialmente de culturas como: cana-de-açúcar, café, milho segunda safra e citros. Segundo o Agroclima, o excesso de umidade também pode impactar a qualidade e a colheita do trigo no final do ciclo.
“Assim como já foi registrado na última semana devido às chuvas intensas no Sul causadas pelo ciclone extratropical, as atividades de colheita da cana-de-açúcar, café, milho segunda safra e citros devem ficar mais lentas em alguns momentos ao longo do inverno”, destaca Nadiara Pereira, meteorologista do Agroclima.
(Globo Rural)