A economia da zona do euro contraiu a uma taxa recorde e mais do que o esperado no primeiro trimestre do ano, enquanto a inflação desacelerou já que grande parte da atividade foi suspensa em março devido à pandemia de coronavírus, mostraram dados nesta quinta-feira.

De acordo com estimativa preliminar da agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, a produção econômica nos 19 países que usam o euro recuou 3,8% em relação aos três meses anteriores —declínio mais acentuado desde que a série começou em 1995.

Economistas consultados pela Reuters esperavam contração de 3,5%, após crescimento trimestral de 0,1% nos últimos três meses de 2019.

Na base anual, a contração do PIB foi de 3,3% no primeiro trimestre.

A Eurostat também informou que os preços ao consumidor na zona do euro subiram 0,3% em abril sobre o mês anterior e 0,4% na comparação anual, de uma alta de 0,7% em março na base anual.

Mas a desaceleração da inflação foi mais fraca que o esperado por economistas, que previam uma taxa de 0,1% em abril segundo pesquisa da Reuters.

O maior peso sobre o índice geral foi exercido pelos preços de energia, que caíram 9,6% na base anual.

Sem os componentes voláteis de energia e alimentos não processados, o núcleo da inflação subiu 0,7% no mês e 1,1% no ano. Em março as altas foram de 1,2%. (Reuters)