BRASÍLIA – A economia brasileira encolheu 0,38% em agosto em relação a julho, divulgou nesta quarta-feira o Banco Central (BC). Apesar de negativo, o resultado, que funciona como uma espécie de prévia do Produto Interno Bruto (PIB), ficou melhor que o esperado por economistas, que previam queda de 0,6%. Já em relação a julho de 2016, houve crescimento de 1,64% (sem ajuste sazonal).
Em julho, a economia havia registrado crescimento pelo segundo mês seguido e numa velocidade acima da esperada, 0,41% em julho em relação ao mês anterior.
Entre janeiro e agosto, a economia brasileira cresceu 0,42%, na série com ajuste sazonal. Já nos últimos 12 meses encerrados em agosto, o país ainda acumula uma retração de 0,89% pelas contas do BC.
Segundo pesquisa do BC com analistas divulgada nesta segunda-feira, as expectativas para a economia melhoraram, com previsão de crescimento do PIB neste ano em 0,72%, 0,02 ponto percentual a mais do que na semana anterior. Para 2018, a conta foi a 2,5%.
De acordo com a autoridade monetária, o índice mostrou crescimento em cinco dos sete meses deste ano, o que indica que o país se recupera da recessão econômica.
IBC-Br
O IBC-Br foi criado pelo BC para ser uma referência do comportamento da atividade econômica que sirva para orientar a política de controle da inflação pelo Comitê de Política Monetária (Copom), uma vez que o dado oficial do Produto Interno Bruto (PIB) é divulgado pelo IBGE com defasagem em torno de três meses. Tanto o IBC-Brquanto o PIB são indicadores que medem a atividade econômica, mas têm diferenças na metodologia.
Esse indicador do BC leva em conta trajetória de variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (indústria, agropecuária e serviços).
Já o PIB é calculado pelo IBGE a partir da soma dos bens e serviços produzidos na economia. Pelo lado da produção, considera-se a agropecuária, a indústria, os serviços, além dos impostos. Já pelo lado da demanda, são computados dados do consumo das famílias, consumo do governo e investimentos, além de exportações e importações.
Fonte: Globo