O dólar opera perto da estabilidade nesta terça-feira (23), em meio à persistentes preocupações com o agravamento da pandemia no país e na Europa, enquanto os investidores também digeriam a ata da última reunião de política monetária do Banco Central do Brasil.
Às 10h07, a moeda norte-americana subia 0,06%, cotada a R$ 5,5206. Na máxima, chegou a R$ 5,5506. Veja mais cotações.
Na segunda-feira, o dólar fechou em alta de 0,64%, a R$ 5,5175. Na parcial do mês, a moeda norte-americana acumula queda de 1,56%. No ano, ainda tem alta de 6,37%.
O Banco Central anunciou para esta sessão leilão de swap tradicional (operação que equivale à venda de dólares no mercado futuro) para rolagem de até 16 mil contratos com vencimento em dezembro de 2021 e abril de 2022, destaca a Reuters.
Cenário
No exterior, os investidores aguardam declarações do chair do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, e da secretária do Tesouro, Janet Yellen, em busca de pistas sobre o ritmo da recuperação econômica.
Na Europa, a Alemanha decidiu ampliar seu lockdown até 18 de abril, pedindo a cidadãos que fiquem em casa para tentar parar uma terceira onda da pandemia de Covid-19. Os preços internacionais do petróleo chegaram a cair 4% nesta terça.
Por aqui, sondagem da FGV mostrou que a confiança do consumidor caiu 9,8 pontos em março, para o menor valor desde maio de 2020, em meio ao “recrudescimento da pandemia de Covid-19 em todo o país e do colapso do sistema de saúde em várias cidades”.
Já o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central divulgou a ata de sua última reunião, realizada na semana passada, indicando que pode elevar, novamente, taxa em 0,75 ponto, para 3,5% ao ano, em maio. No documento, o BC avaliou que a retomada da economia brasileira surpreendeu positivamente no início de 2021, mas acrescentou que os dados ainda não contemplam os possíveis “efeitos do recente e agudo aumento no número de casos de Covid-19”.
Nesta segunda-feira, a média móvel de mortes por coronavírus no Brasil bateu novo recorde pelo 24º dia: 2.298 por dia.
“A OMS alertou que mortes no Brasil dobraram no último mês e que 25% das mortes mundiais da última semana foram apenas no Brasil, cobrando que condução da pandemia esteja alinhada em todas as esferas de poder”, destacou a corretora Terra Investimentos, em nota a clientes, lembrando que até o momento, o país segue sem ministro da Saúde. (Reuters/G1)