Os temores de que os Estados Unidos podem elevar os juros além do esperado pesaram no mercado financeiro. O dólar subiu para o maior nível em 40 dias, e a bolsa de valores caiu para o menor patamar em uma semana.
O dólar comercial encerrou a quinta-feira (15) vendido a R$ 5,239, com alta de R$ 0,061 (+1,18%). A cotação subiu durante toda a sessão, até fechar próxima das máximas do dia, em um movimento internacional de compra da moeda norte-americana.
A divisa está no valor mais alto desde 3 de agosto, quando tinha fechado a R$ 5,27. O dólar sobe 0,71% em setembro, mas acumula queda de 6,04% em 2022.
A turbulência também marcou o dia no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.954 pontos, com recuo de 0,54%. O indicador acompanhou as bolsas norte-americanas, que voltaram a cair hoje, após uma trégua ontem (14).
A divulgação de que os pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram nos Estados Unidos aumentaram o pessimismo no mercado internacional. O dado aumentou os receios de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) terá de elevar os juros básicos em 1 ponto percentual na reunião da semana que vem, após duas elevações seguidas de 0,75 ponto, para segurar a inflação na maior economia do planeta.
Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa. Num cenário de elevação de juros nos Estados Unidos, os títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, ficam mais atrativos.