O mercado financeiro teve um dia misto, influenciado tanto por fatores internos como externos. O dólar voltou a ultrapassar R$ 5,20, em linha com o mercado internacional. A bolsa subiu após declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre metas de inflação e uma possível antecipação do envio do novo marco fiscal ao Congresso.
O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (15) vendido a R$ 5,22, com alta de R$ 0,021 (+0,41%). A cotação teve um dia de volatilidade, chegando a R$ 5,24 na máxima do dia, por volta das 10h30, e chegando a R$ 5,19 quase uma hora depois.
A moeda norte-americana acumula alta de 2,82% em fevereiro. A divisa, no entanto, cai 1,14% em 2023.
O mercado de ações teve um dia mais otimista. O índice Ibovespa fechou aos 109.600 pontos, com alta de 1,62%. O indicador iniciou o dia com leve baixa, mas inverteu o movimento ainda durante a manhã.
Em relação ao câmbio, o dólar subiu em todo o planeta após a divulgação de que as vendas no varejo dos Estados Unidos subiram após dois meses de queda. O bom desempenho do comércio da maior economia do planeta aumenta as chances de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) aumente os juros básicos em 0,5 ponto na reunião do fim de março. Na última reunião, o órgão tinha elevado a taxa em apenas 0,25 ponto.
No Brasil, a moeda norte-americana só não subiu mais porque o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo pode antecipar o envio da proposta de novo marco fiscal de abril para março <https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-02/haddad-avalia-que-congresso-tem-sinalizado-apoio-ao-executivo>. A declaração ocorreu durante seminário promovido por um banco de investimentos.
Além disso, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse não ver possibilidade de a Casa aprovar mudanças na lei que garantiu autonomia ao Banco Central. As declarações de Haddad e Lira impulsionaram a bolsa de valor no Brasil.