(Reuters) – O dólar valorizava-se contra o real nesta terça-feira, depois de encerrar na máxima de quase um ano na sessão anterior, com agentes do mercado ainda de olho nas movimentações envolvendo a guerra comercial entre Estados Unidos e China, em função de seus impactos sobre a economia global.
Às 9:53, o dólar recuava 0,14%, a 4,1336 reais na venda
Na véspera, o dólar fechou com valorização de 0,37%, a 4,1396 reais na venda, maior nível para um término de sessão desde 18 de setembro de 2018 (4,1422 reais na venda), com o mercado ansioso acerca de ofertas de liquidez no plano doméstico, tendo como pano de fundo um ambiente de incerteza comercial no exterior.
Neste pregão, o dólar futuro tinha queda de 0,54%.
Para o economista sênior do Banco Haitong, Flavio Serrano, a sessão é marcada pela tranquilidade, já que há uma certa falta de notícias sobre os desenvolvimentos da guerra comercial.
“Há um certo apetite ao risco, mas o mercado de moedas em geral está meio de lado. Não temos nada de novo. Talvez tenhamos chegado ao ponto máximo das tensões e agora estamos sujeitos a quaisquer declarações de ambos os lados”, disse ele.
As opiniões sobre o clima em torno das negociações comerciais eram mistas, com alguns demonstrando expectativas de uma resolução iminente, e outros reticentes depois que uma autoridade chinesa disse que não soube de nenhum telefonema entre os dois lados.
Contra uma cesta de moedas, o dólar tinha queda de 0,18%, a 97,906. A moeda norte-americana, no entanto, mostrava ganhos contra a lira turca e o rand sul-africano, em dia de pouco apetite por moedas emergentes.
Enquanto isso, na cena doméstica, permanecia no radar as questões políticas envolvendo os ruídos sobre a falta de controle do governo do desmatamento na Floresta Amazônica, com o presidente Jair Bolsonaro se reunindo nesta terça-feira com governadores da Amazônia Legal e outros membros do governo.
O BC vendeu todos os 550 milhões de dólares em moeda física nesta sexta-feira e negociou ainda todos os 11 mil contratos de swap cambial reverso ofertados — nos quais assume posição comprada em dólar.