(Reuters) – O dólar subiu ante o real nesta quarta-feira, afastando-se da mínima em dois meses atingida na véspera, com investidores repercutindo a força da moeda norte-americana no exterior.
O dólar negociado no mercado interbancário BRBY se valorizou 0,47%, a 3,8686 reais na venda.
Na véspera, a cotação havia recuado 0,88%, para 3,8504 reais —menor patamar desde 10 de abril (3,824 reais).
Na B3, a referência do dólar futuro DOLc1 tinha ganho de 0,17% nesta quarta-feira, para 3,8680 reais.
Segundo operadores, absorvido o efeito positivo da vitória do governo no Congresso na terça-feira, o mercado de câmbio buscou motivo para um ajuste técnico e o encontrou no ambiente internacional de dólar mais forte.
Moedas de perfil semelhante ao real —como rand sul-fricano ZAR=, rublo russo RUB= e dólar australiano AUD=— lideravam as quedas nos mercados globais de câmbio, afetadas pela percepção de que o embate comercial entre China e EUA segue sem solução à vista.
O índice que mede o valor do dólar frente a uma cesta de importantes divisas .DXY subia 0,3% no fim da tarde.
“O exterior está pesando hoje, mas a tendência é o dólar se acomodar perto de 3,85 reais”, disse Felipe Pellegrini, gerente de tesouraria do Grupo Travelex Confidence.
Além dos temas externos, o mercado volta as atenções na quinta-feira para a apresentação do parecer da reforma da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), reafirmou a previsão de votação da proposta no plenário da Casa na primeira semana de julho.