O dólar tinha queda ante o real no começo do pregão desta terça-feira, seguindo fraqueza da moeda ante alguns rivais no exterior após mau humor da véspera por temores sobre a economia depois de novo fechamento de atividades nos Estados Unidos por causa do coronavírus.
Às 9h24, o dólar à vista tinha queda de 0,45%, a 5,3635 reais na venda.
Na B3, o dólar futuro recuava 0,74%, a 5,3665 reais.
No exterior, o dólar perdia 0,15% ante uma cesta de moedas. O dólar cedia 0,7% ante o peso mexicano, 0,5% contra rand sul-africano e 0,3% frente ao peso chileno. Os futuros de Wall Street subiam, com atenção a relatórios trimestrais de bancos após queda dos índices à vista na segunda-feira.
“Hoje vemos ligeira recuperação das moedas, enquanto o momento para os ativos locais volta a melhorar, com a notícia de que Fundo Norueguês voltou a colocar a Petrobras como empresa elegível a investimentos. Movimento pode gerar fluxos pontuais mas relevantes no câmbio”, disse Luis Laudisio, operador da Renascença.
A Petrobras informou na véspera que voltou a ser elegível para receber investimentos do fundo de pensão norueguês KLP, que possui um patrimônio total de centenas de bilhões. Segundo a Petrobras, a decisão do KLP ocorreu em função do fortalecimento da governança na estatal.
O Banco Central atualizará os dados de fluxo cambial na quarta-feira. Os últimos números mostraram que julho começou com déficit de quase 400 milhões nos primeiros três dias de julho, após rombo de 2,885 bilhões de dólares em junho.
Fluxo negativo aumenta a pressão sobre o dólar, o que tende a elevar o preço da moeda.
O cenário para o fluxo tem sido abalado pela percepção de que a economia brasileira segue pressionada por um conjunto de incertezas de ordem política e fiscal. Dados do Banco Central mostraram nesta manhã que a atividade econômica medida pelo IBC-Br subiu 1,31% em maio, mas caiu 14,24% sobre o mesmo período de 2019. (Reuters)