O dólar oscilava próximo à mínima de uma semana nesta quarta-feira, com os investidores apostando que os dados de preços ao consumidor dos Estados Unidos manterão o Federal Reserve no caminho certo para cortar os juros no próximo mês, enquanto a libra recuava após números de inflação mais moderados do que o esperado no Reino Unido.
Agentes financeiros estavam bastante cautelosos antes dos dados de inflação dos EUA, a serem divulgados às 9h30 (horário de Brasília), que devem mostrar que os preços ao consumidor subiram 0,2% em julho na base mensal, após um declínio de 0,1% no mês anterior.
O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,13%, a 102,480, depois de recuar 0,5% na terça-feira, quando um aumento mais lento do que o esperado nos preços ao produtor reforçou as expectativas de um corte nos juros pelo Fed no próximo mês.
A fraqueza do dólar ajudava o euro a atingir uma máxima de sete meses, superando a alta atingida durante a turbulência dos mercados globais em 5 de agosto.
O euro era negociado a 1,102025 dólar, em alta de 0,23% no dia
“Os operadores estão se posicionando para um número mais fraco da inflação ao consumidor, o que, é claro, (representa) um risco de que, se vier em linha ou um pouco com uma surpresa para cima, o dólar ficará forte novamente”, disse Volkmar Baur, analista de câmbio do Commerzbank.
“Se a surpresa for para baixo, isso não deve influenciar o Fed na direção de um corte de 50 pontos-base, porque (esse índice de) inflação é um indicador defasado e um pouco mais fraco não seria um sinal de uma recessão iminente.”
Operadores esperam amplamente um corte de juros em setembro e aumentaram as apostas de uma redução de 50 pontos-base para 52,5%, de 50% um dia antes, após os dados da terça-feira, de acordo com a ferramenta FedWatch da CME.
A libra era cotada a 1,2843 dólar, em queda de 0,15%, depois que dados mostraram que a inflação ao consumidor britânico aumentou pela primeira vez este ano em julho, mas com uma alta menor do que a esperada, uma vez que os preços de serviços — observados de perto pelo Banco da Inglaterra — subiram menos rapidamente.
Os mercados financeiros precificavam uma chance de 44% de um corte de 25 pontos-base na taxa do banco central britânico em setembro, acima dos 36% antes da divulgação dos dados.
(Via Notícias Agrícolas)