O dólar opera em baixa ante o real, em linha com a tendência no exterior nesta segunda-feira, 7. Os investidores ajustam posições cambiais de olho no recuo dos rendimentos do Treasury de dois anos neste manhã.
Mas os retornos dos Treasuries de dez e 30 anos nos Estados Unidos passaram a subir em meio à melhora dos futuros das Bolsas de Nova York, após começarem o dia em baixa.
Os ajustes de baixa no câmbio já desaceleram com investidores de olho nos Treasuries longos e no aumento das projeções para o IPCA de 2022 na pesquisa Focus, apesar da acomodação das expectativas do mercado para a inflação no ano que vem, que é o foco do Banco Central agora, após o comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) ter indicado redução no ritmo de alta da Selic a partir do mês que vem. O IPCA de 2022 na Focus subiu de 5,38% a 5,44%, afastando-se do teto da meta (5,00%); de 2023 segue em 3,50%.
O mercado ajusta-se ainda à aceleração do IGP-DI de janeiro. O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou alta de 2,01% em janeiro, após elevação de 1,25% em dezembro de 2021. O resultado do indicador ficou próximo do teto estimativas da pesquisa do Projeções Broadcast, que iam de 1,44% a avanço de 2,07%, superando a mediana de 1,75%. Com o resultado, o IGP-DI acumulou avanço de 16,71% em 12 meses.
A PEC dos Combustíveis segue no radar e inspira cautela. O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender nesse domingo a revisão da carga tributária sobre combustíveis e minimizou perdas fiscais com propostas em tramitação no Congresso. Para Bolsonaro, a composição do preço dos combustíveis “é bastante grave”. E o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, disse que o principal alvo do governo para conter a alta nos preços dos combustíveis é o diesel.
Às 9h22, o dólar à vista caía 0,13%, a R$ 5,3149, ante mínima intradia a R$ 5,2959 (-0,49%). O dólar para março recuava 0,27%, a R$ 5,3460, ante mínima após abertura em R$ 5,3240 (-0,65%).
(Estadão Conteúdo)